Categorias: Policial

Eu vou matar ela, teria dito Macarrão

PUBLICIDADE

‘Eu vou matar ela!’. O alvo da ameaça, que teria partido de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, era Eliza Samudio, desaparecida no início de junho. A fase teria sido ouvida pelos irmãos do adolescente, de 17 anos, que confessou à polícia ter participado do sumiço e morte da ex-amante do goleiro Bruno, uma semana antes de seu desaparecimento.

As investigações só começaram no dia 24 de junho. No dia 28, o sobrinho telefonou para o tio pedindo ajuda. ”Meu sobrinho ligou pra mim, dias antes, falando assim: ‘meu tio, posso ficar na sua casa?’ Aí eu falei: ‘claro que pode, rapaz!’”.

Menor contou história porque tinha medo de fantasma de Eliza
 

Cinco dias depois, ele chegou desesperado à casa da família em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, resolveu desabafar e contou a história. “’Tô vendo Eliza toda hora, tô vendo Eliza!’ Aí falei: que história é essa? Vamos lá dentro. Aí, coloquei ele pra dentro, chorando muito, tremendo muito”, lembra o tio.

Eliza foi à Justiça pedir teste de DNA do filho e de
Bruno (Foto: Reprodução/TV Globo)Ele conta que, furioso com a saída do menor de sua casa, Bruno teria exigido que o adolescente retornasse à Barra da Tijuca. Ele voltou, ficou incomunicável por dois dias, não atendia aos telefonemas do tio que, então, resolveu contar o que tinha ouvido na Rádio Tupi.

“O que me levou a denunciar foi o estado em que ele se encontrava. Ele chegou na minha casa pedindo socorro e depois eu não tinha contato com ele, não sabia o que estava acontecendo. Temi a morte dele, fiquei com medo de matarem ele”, afirma o tio. Após entrevistas à imprensa, a polícia do Rio entrou na investigação e apreendeu o menor na casa de Bruno.

Tio conta detalhes de ameaças
 

Ponto de partida para a reviravolta no desaparecimento de Eliza, o tio, que resolveu falar no intuito de proteger o sobrinho, agora teme pela própria vida e aguarda a resposta do pedido de inclusão no Programa de Proteção à Testemunha.

“Eu não tenho dormido direito, minha vida está sem sossego, e desespero. Mas já aconteceu, tem que encarar, tem que ir à luta. Recebi ligações que diziam: ‘Aí mané, se liga, já era, dessa vez tu vai, não tem saída para você’; ‘Tá dormindo, mané? Acorda aí, tu vai morrer’”, conta ele.

Segundo ele, a história começa quando o menor foi morar na casa do goleiro Bruno, há três meses. O adolescente pagava contas e ajudava nos serviços gerais. “Ele ficava ali, varria uma coisa, limpava outra, dava uma força dentro da casa”, lembra o tio.

Bruno havia prometido colocar primo na escola
 

O menor tem 17 anos e não tinha passagem pela polícia. É filho de uma cozinheira e de um motorista de ônibus. A família vivia em Minas Gerais, mas, com a separação do casal, o adolescente veio com a mãe e os três irmãos para São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O jovem, que parou de estudar no 8º ano do ensino fundamental, foi convidado a passar fins de semana na casa de Bruno. As mordomias agradaram e o rapaz acabou ficando.

“Ele falou que já ia começar a estudar lá também, que tava fazendo umas coisas lá junto com Bruno, e que o Bruno já ia colocar ele na escola, só tava esperando os documentos dele da escola virem pra cá.”

O depoimento do menor foi o ponto de partida para a reviravolta no caso do desaparecimento de Eliza Samudio e para as prisões feitas ao longo desta semana. O jovem afirma que o jogador não presenciou o assassinato de Eliza. Ao contrário do que disse Sérgio, outro primo de Bruno. A polícia e o tio acreditam que o adolescente tentou proteger o goleiro durante o interrogatório.

“O Bruno ajudava a família, fazia tudo. Ele achava que se acontecesse isso, ia tudo água abaixo, ia perder as mordomias”, diz o tio. “O depoimento do menor mostrou coerência na narrativa depois que ele foi narrando e mostrou a frieza, a premeditação e a cadeia de fatos que foi organizado, planejado pra o desfecho que acabou acontecendo em Minas Gerais”, completa o delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios do Rio.

Na vizinhança, o envolvimento do menor ainda causa surpresa: “Ele era uma pessoa muito boa, muito boa mesmo. Nunca passou pra gente uma pessoa ruim. Era uma pessoa muito amiga mesmo. A gente não esperava isso dele”.

G1

 

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Nacional do PT se reúne nesta segunda-feira e deve colocar pedra em imbróglio envolvendo futuro da sigla em JP

Uma reunião da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) agendada para amanhã, segunda-feira (06),…

5 de maio de 2024

Padre Reginaldo Manzotti é a primeira atração confirmada para a Festa das Neves 2024, em João Pessoa

A Festa das Neves de 2024, em João Pessoa, já tem sua primeira atração confirmada:…

5 de maio de 2024

Mídia nacional revela que cidade paraibana com menos de 15 mil habitantes vai torrar R$ 2,6 milhões em shows

Em reportagem de capa da coluna Radar da Veja, neste domingo, a coluna trouxe uma…

5 de maio de 2024

Governador revela prazo para definição de candidatura em Campina Grande: “São João é uma boa data, vai ter muita gente”

O governador da Paraíba, João Azevêdo, indicou o período junino como um marco para a…

5 de maio de 2024

Sindicato dos Jornalistas da Paraíba também repudia ataque de deputado estadual contra imprensa

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba emitiu uma nota de repúdio contra…

5 de maio de 2024

Bolsonaro é internado pela segunda vez em menos de 24h em hospital de Manaus

Menos de 24 horas após receber alta em Manaus, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a…

5 de maio de 2024