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Crime foi motivado por atuação de Marielle em favor das minorias, diz MP

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A coordenadora da Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), Simone Sibilio, destacou por diversas vezes, ao longo de uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (12), que as investigações mostram claramente uma motivação política para o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

 

"Está suficientemente indicado que houve motivação política pela atuação de Marielle em favor das minorias", destacou a promotora de Justiça.

 

 

Nas primeiras horas da manhã de hoje, dois suspeitos de participação na execução de Marielle e Anderson foram presos na Operação Lume, no Rio de Janeiro: o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como autor dos tiros, e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, condutor do carro em que estavam no momento dos disparos. O crime completa um ano na quinta-feira (14).

 

Marielle morreu aos 38 anos. Criada na favela da Maré, era socióloga com mestrado em administração pública. Foi eleita em 2016 vereadora pelo Psol com mais de 46 mil votos. Na Câmara Municipal, presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

 

Ela expunha nas redes sociais sua luta contra o racismo e a violência, em especial contra jovens e mulheres e era uma crítica contumaz da intervenção militar no Rio de Janeiro, com constantes denúncias dos abusos da polícia. Um dia antes de ser assassinada, a vereadora questionou ações da PM.

 

O que mais se sabe

 

A promotora reafirmou um ponto já destacado pelo delegado Giniton Lages, da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro: não é possível afirmar, ainda, se há um mandante do crime. "Nenhuma linha de investigação é descartada. É possível que não tido mandante? É possível. É possível que tenha? É possível. Possibilidades de mandantes serão trabalhados em autos desmembrados que estão sob sigilo", afirmou.

 

 

Simone Sibilio contou que os dois presos nessa manhã mantinham um contato próximo há muito tempo. "Eles são compadres, já trabalharam no Batalhão de Choque. Um entrou e quatro anos depois o outro. Inclusive no Carnaval, quando estavam sendo monitorados para não fugir, estavam em uma casa alugada de luxo em Angra dos Reis".

 

Mais cedo, no Palácio Guanabara, o delegado Giniton Lages deu outros detalhes sobre o caso. Ele descartou qualquer relação de Ronnie Lessa com a família Bolsonaro.

 

O PM reformado foi preso por volta das 4h da manhã saindo de seu condomínio na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, o mesmo onde o presidente Jair Bolsonaro tem uma casa. "O fato de morar no condomínio do Bolsonaro não diz muita coisa não, não tem relação direta com a família Bolsonaro. Não detectamos isso", frisou o delegado.

 

Segundo Giniton Lages, o que se pode afirmar no momento é que houve uma detalhada pesquisa sobre a vereadora, a arma utilizada e silenciadores ao longo de meses.

 

"No pré-crime, ele [Ronnie] deixou vestígios. Descobrimos que alguns dias antes, ele pesquisou a rua onde a Marielle morava. Temos a definição técnica de uma arma empregada, e também a consulta desse armamento. Ele também fez consulta de silenciadores", destacou o delegado de Homicídios do Rio.

 

Lages destacou ainda o perfil do policial reformado acusado de efetuar os tiros que mataram Marielle e Anderson: "É alguém com obsessão para determinadas personalidades que militam a esquerda política. Você percebe ódio, desejo de morte, um comportamento de alguém capaz de resolver essas divergências como resolveu".

 

Redação com Comngresso em Foco

 


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