O nosso mundo começou lá no Éden e ali já éramos uma família Adão, Eva, Caim e Abel. A família humana multiplicou-se e dividiu-se em células, e hoje somos milhões. Deus sempre esperou e continua esperando que vivamos em união, harmonia e amor, protegendo-nos uns aos outros e praticando o bem. Esse propósito permanece, embora nem todos o cumpram.
Na área política, a ideia de família se torna ambiciosa, muitas vezes possessiva e perigosa. A vida política brasileira sempre foi formada por castas, e o império português foi o nosso maior professor nessa herança de pai para filho. Nada contra o princípio por si só, porém o que vemos na realidade é o contrário. Vige a velha lei de Murici cada um cuide de si.
A família Bolsonaro, castigada e humilhada, sentiu um início de abandono depois que seu patriarca foi colocado num calabouço de modo assombroso e mesquinho. Antes que todos caíssem no abismo, o Abraão da família tomou uma decisão surpreendente. Flávio Bolsonaro, contrariando todas as expectativas, foi colocado como cabeça dentro de seu partido e de sua própria ideologia para disputar em outubro a Presidência da República, buscando nas urnas a escolha do eleitor.
Certo ou errado, penso ser um golpe de mestre. Se dará bons resultados, os poucos meses que temos pela frente nos responderão. Agora é a hora da onça beber água. Quem está com Bolsonaro e com sua ideia precisa declarar-se soldado fiel ao seu lado. Os oportunistas fugirão do barco por qualquer brecha.
Deus salve o Brasil. Não queremos assistir a mais um projeto de família, mas sim de nação, pois já estamos cansados.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro
