Trafegar acima da velocidade permitida fez com que 4.773 pessoas fossem multadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Paraíba, este ano (até o último dia 27). São mais de 92 multas semanais, 13 por dia. Exceder o limite de velocidade é infração prevista no Código Brasileiro de Trânsito (CBT) e gera multa de até R$ 574,62. Quanto mais veloz o carro estiver, mais tempo precisará para frear e mais grave será o acidente em caso de colisão. Um carro a 100 km/h, por exemplo, leva de 50 a 60 metros para conseguir parar depois do freio acionado. Quem for pegar a estrada neste feriadão, deve pensar nisso.
Apesar dos números bastante altos, em 2013 esse dado era mais elevado. Em todo o ano foram 6.008 multas, uma média diária de 16 multas, mais de 115 por semana. O excesso de velocidade pode ser o responsável por acidentes mais graves, com vítimas. “Existe limite de velocidade para adequar os veículos às características de traçado e aderência das vias, considerando, principalmente, os parâmetros de segurança dos veículos. Tudo para salvaguardar e preservar as vidas dos usuários das vias”, garantiu o Eder Rommel, do Núcleo de Comunicação da PRF.
Mais velocidade, mais danos
De acordo com Rommel, quanto mais pesado e mais rápido o veículo estiver, mais tempo demorará para conseguir parar. “Quanto mais rápido o veículo estiver, mais difícil será pará-lo. O espaço de frenagem, isto é, o intervalo em metros que o veículo precisa para parar completamente, será diretamente proporcional à velocidade em que ele se encontra no momento do início da frenagem”, garantiu.
Ele disse também que quanto maior a velocidade em que o veículo estiver, maiores serão os danos aos seus ocupantes. “Isto se deve, principalmente por conta do princípio físico da inércia. Quando o veículo entra em choque com outro ou com um objeto físico, os corpos dos ocupantes continuam com a mesma velocidade detectada antes do impacto. Assim, a projeção destes contra as partes do veículo será muito mais severa, provocando assim um alto risco de ferimentos graves e/ou morte”, explicou.
Jornal Correio da Paraíba
