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Servidores de Patos paralisam atividades em protesto

Em assembléia realizada na tarde-noite da última segunda-feira (18), os servidores municipais de Patos decidiram paralisar suas atividades contra o Decreto 001/2009, do Prefeito Nabor Wanderley da Nóbrega Filho (PMDB), que instituiu a carga horária de 8 horas, sob pena de ser colocadas faltas nos servidores que não a cumprirem.

A partir das 8 horas da manhã, os servidores se concentrarão na sede do SINFEMP, localizada na Rua Paulo Mendes, 16 Centro e em seguida sairão em caminhadas pelas principais ruas da cidade, onde tentarão uma audiência com o prefeito.

Na sexta-feira, às 17:00 horas, será realizada nova assembléia na Associação Comercial de Patos, onde será discutida a paralisação por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, como também o sindicato vai pedir o apoio dos professores, pois os mesmos estão sendo convocados para trabalharem no turno oposto, com aulas de reforço, sem aumentar os seus salários.

O Decreto publicado no dia 2 de janeiro de 2009, vinha sendo contestado pelo sindicato da categoria, pois infringia o Estatuto do Servidor, como também a Lei Orgânica do Município, quando afirma que em caso de tempo integral, ou seja, 8 horas, teria que garantir uma gratificação máxima de 100% sobre o salário base da categoria o que não aconteceu.

Além desse questionamento o sindicato alega que nada foi discutido com a categoria para a publicação desse decreto e depois foi constituída uma comissão composta por representantes da Secretaria de Educação, Sindicato e Câmara de Vereadores, que fizeram um levantamento, mas tudo foi ignorado pelo prefeito que sequer recebeu o sindicato para discutir o assunto.

O Presidente do SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, José Gonçalves, lamentou essa postura do Prefeito Nabor Wanderley para com a categoria e enfatizou que o atual gestor mudou completamente o seu comportamento para com os servidores municipais depois da reeleição. “Nabor construiu a sua campanha baseada nos movimentos sociais, associações, sindicatos e hoje assume uma postura totalmente inversa, pois sequer recebe o sindicato para discutir um problema desses, que prejudica os servidores municipais.” Enfatizou.

Gonçalves lembrou que diversas merendeiras e auxiliares de serviços, estão com problemas de saúde, muitas prestes a se aposentarem, moram distantes dos locais de trabalho e que não tem as míninas condições de trabalharem dois horários. Ele falou ainda que nunca os servidores municipais de Patos rtrabalharam 8 horas. “Lembro-me muito bem dos governos de Rivaldo Medeiros, Geralda Medeiros, Ivânio Ramalho, Dinaldo Wanderley e até os primeiros 4 anos de Nabor, nenhum servidor trabalhava 8 horas e porque essa imposição nesse momento”? Disse.

O Sindicato vai defender a mobilização, procurar apoios junto a Câmara Municipal, como também recorrer à justiça para anular o decreto, dentre outras iniciativas.
Foi denunciado ainda o tratamento dispensado pela Secretária de Educação Márcia Mota, onde exigiu que os supervisores, inspetores, diretores, colocassem faltas nos servidores que não estão cumprindo às 8 horas. “Nunca se viu tanta perseguição aos servidores, nunca se presenciou tanta perseguição, como a que está ocorrendo no momento”. Afirmou Gonçalves.

“Estamos buscando o diálogo, mas o Prefeito Nabor tem se negado a nos atender.”
 

 

Redação

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