Parlamentar pede que empresa não seja julgada até análise da caixa preta do E-190, acidentado na China.
A Embraer é culpada do acidente com o avião E-190, ocorrido dia 24 de agosto no nordeste da China? Para o senador Roberto Cavalcanti (PRB), a mídia chinesa (seguida de perto pela brasileira) acredita que sim. “Culparam a empresa pelo ocorrido, sem esperar a conclusão das investigações”, criticou o parlamentar, apontando que a precipitação em responsabilizar a Embraer acontece no momento em que a empresa brasileira negocia a venda de 45 jatos para companhias chinesas.
“A China é o segundo maior mercado da Embraer, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e qualquer fato, verídico ou inverídico, que possa prejudicar a credibilidade e a imagem da empresa, certamente afetaria o andamento dessas negociações com grave dano aos interesses nacionais”, apontou Cavalcanti.
O parlamentar recebeu o apoio dos colegas. “A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões do mundo – isso é o que realmente incomoda”, acredita o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que vê “falta de escrúpulos dos concorrentes, fazendo com que informação sejam distorcidas”.
Para o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), o foco no nome da Embraer, quando na maioria dos acidentes aéreos a identificação costuma ser das companhias, mostra que no Brasil há “pouca estima” em relação aos patrimônios nacionais.
Roberto Cavalcanti concordou: “Nós, brasileiros, não tivemos o senso de preservação dessa grande marca”, declarou, ilustrando com o tratamento dado a outro acidente, o do Airbus da Air France, no ano passado.
“Sabem como a mídia francesa tratou e trata o tema até hoje? Vôo 447. E sabem por quê? Por que tanto o avião como a companhia eram francesas”.
Cavalcanti declarou que, apesar do apelo para um melhor tratamento em relação a Embraer, tem consciência de que o Senado Federal – nem os senadores – podem pautar a mídia nacional.
“Tenho uma vida e uma família ligada ao setor de comunicação. Sei o que é o dia-a-dia de um jornal. Sei da importância da sua independência e credibilidade”, ponderou, acrescentando que não se deseja omissão.
“Porém, a Embraer tornou-se, pela sua grandeza, um símbolo nacional. E como todo símbolo deva ser preservado, até porque não existe culpa formada”, complementou.
Os números
Desde 1996, a Embraer produziu e entregou cerca de 900 jatos regionais da família ERJ 145, que antecedeu a família dos E-Jets, da qual o E-190 faz parte.
A família de E-Jets possui mais de 650 aeronaves operando com 56 companhias aéreas em 39 países. Mais 879 pedidos firmes e 672 opções de 56 clientes em 39 países em todo o mundo foram encaminhados à empresa brasileira até 30 de junho deste ano.
O E-190 entrou em operação em setembro de 2005, quando a Companhia fez a primeira entrega à JetBlue Airways, dos Estados Unidos.
Até o acidente ocorrido na China, foi registrado apenas um desastre com um avião de família de E-Jets, em julho de 2007, na Colômbia.
Informações sobre o E-190 envolvido no acidente da China:
– O aparelho foi produzido no segundo semestre de 2008 e entregue à empresa chinesa em 4 de dezembro do mesmo ano.
– Até o dia 31 de julho de 2010, o avião envolvido no acidente registrava 4.883 horas voadas.
– Foi o segundo jato do modelo recebido pela companhia aérea chinesa, dos cinco pedidos firmes feitos junto à Embraer.
Assessoria
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