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Secretário revela ameaças a médicos e PF deve investigar cooperativa

O secretário de Saúde da Paraíba, dr. Geraldo Medeiros, denunciou nessa quarta-feira (26) que membros da cooperativa de neurocirurgiões que atendia no Hospital de Trauma de João Pessoa, a Neurovasc, teriam ameaçado os profissionais que se habilitaram para o chamamento público realizado pelo governo do estado para atuarem no referido hospital após o fim do contrato com a cooperativa, que ocorreu ontem.

De acordo com Geraldo em contato com a reportagem do PB Agora na manhã desta quinta-feira (27), após alguns médicos se habilitarem para as áreas de cirurgia vascular, neurocirurgia e cirurgia torácica, foi relatado por parte dos profissionais que eles teriam recebido ameaças, através de ligações e mensagens, caso dessem início às atividades.

“Alguns médicos que se habilitaram relataram que receberam mensagens e ligações com ameaças de retaliações por parte de alguns componentes da cooperativa. O que acontece é que o contrato com a Neurovasc acabou nessa quarta-feira e por determinação do MPT o estado realizou o chamamento público para Pessoa Jurídica, houve a inscrição de apenas uma pessoa jurídica que desistiu, então esse chamamento resultou deserto e foi estendido até maio. Foi feito um novo chamamento desta vez para Pessoa Física e se habilitaram 22 profissionais, mas em função dessas queixas de que foram vítimas de ameaças, de 11 cirurgiões vasculares, 9 desistiram e 5 neuros também desistiram. Os únicos que persistiram foram os cirurgiões torácicos que estão com as atividades mantidas no Hospital Humberto Lucena” detalhou o secretário.

Vale ressaltar que na Paraíba os neurocirurgiões, cirurgiões torácicos e vasculares do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa possuem um dos melhores salários do país.

Dr. Geraldo disse ainda que os pacientes que necessitarem destas especialidades serão atendidos no Hospital Metropolitano.

Por conta das denúncias, o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Eduardo Varandas comunicou a Polícia Federal, a Receita Federal e a Previdência para que investiguem estes e outros fatos. Durante a audiência com o procurador este já acenou que o MPT vai investigar a atuação da cooperativa cujos membros podem estar atrapalhando o processo seletivo e em consequência colocando em risco a saúde da coletividade. Para tanto, provas já começaram a ser colhidas.

“No termo da audiência, o procurador Eduardo Varandas já acena que convocará e comunicará à Polícia Federal, à Receita Federal e à Previdência no sentido de investigar esses acontecimentos. Isso é uma determinação do procurador e cabe agora a estas autoridades apurarem e confirmarem a veracidade” concluiu.

Thatiane Sonally

PB Agora

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