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Rendimento do trabalho na Paraíba cresce acima da média nacional e passa a ser o maior entre os estados do NE

Entre 2022 e 2023, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 14
anos ou mais de idade residentes na Paraíba cresceu 8,8%, percentual acima das médias
brasileira e nordestina, que registraram altas de 7,2% e 5,4%, respectivamente. As informações
são do módulo Rendimento de Todas as Fontes, da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua 2023, divulgado nesta sexta-feira (19), pelo IBGE.
Em valores absolutos, o indicador paraibano aumentou de R$ 2.198 para R$ 2.392, de um ano
para o outro, passando a ser o mais elevado entre as unidades da federação do Nordeste,
embora ainda seja o 12º menor do país. O valor médio real do Brasil passou de R$ 2.780, em
2022, para R$ 2.979, em 2023; enquanto a média nordestina aumentou de R$ 1.889 para R$
1.991, respectivamente.
Já o número de pessoas de 14 anos ou mais de idade que possuíam rendimento de todos os
trabalhos passou de cerca de 1,43 para 1,51 milhão, entre 2022 e 2023, representando 35,1% e
37% da população residente no estado, respectivamente.
Além dos residentes na Paraíba que, em 2023, tinham rendimento do trabalho, havia um
contingente de cerca de 1,33 milhão de pessoas (32,5% da população) que recebiam rendimento
de outras fontes, cujo valor médio era de R$ 1.349, superior à média regional (R$ 1.305). No
cenário nacional, o valor médio do rendimento de outras fontes era então de R$ 1.837.
Proporção da população paraibana com rendimento cresce novamente e atinge maior nível
desde 2012
Do total estimado de 4,07 milhões de residentes na Paraíba, cerca de 62,1% (2,53 milhões) tinha

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algum tipo de rendimento, uma proporção superior à verificada em 2022, de 58,8% (2,39
milhões). Ressalte-se que esse é o segundo ano de crescimento absoluto e relativo, sendo o
maior nível atingido desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
O percentual estadual de pessoas com rendimento em 2023 ficou abaixo da média do Brasil
(64,9%), onde ocupa a 13ª pior posição; mas acima da média do Nordeste (60,8%), onde figura
como o 3º mais elevado, ficando atrás apenas de Sergipe (62,6%) e da Bahia (62,5%).
No estado, em 2023, o rendimento médio real de todas as fontes, que inclui as categorias
Rendimento de todos os trabalhos e Rendimento de outras fontes, foi de R$ 2.130, um
crescimento de 10,6% em relação ao de 2022 (R$ 1.925) que, por sua vez, cresceu 8,8% em
relação a 2021 (R$ 1.770), de forma a superar as reduções ocorridas em 2020 (-4,2%) e 2021 (-
4,5%). Ressalte-se que, com esse resultado de 2023, atingiu-se o maior valor da série histórica
iniciada em 2012. Esse valor foi superior ao valor médio da região (R$ 1.885), mas inferior ao do
país (R$ 2.846).

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, acumulado de primeiras visitas, exceto 2020-2022, acumulado de quintas visitas,
devido à pandemia de Covid-19.
1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 2.200 2.400 2.600 2.800 3.00020132014201520162017201820192020202120222023Gráfico: Rendimento médio mensal real da população residente com rendimento de todas as fontes -Brasl, Nordeste e Paraíba (2013-2023)BrasilNordesteParaíba

No contingente de pessoas cujos rendimentos eram provenientes de “outras fontes de renda”, a
maior participação populacional, de 17,2% (701 mil pessoas), foi a do grupo que recebia “outros
rendimentos”, subdivisão que abarca programas de transferência de renda e rentabilidade de
aplicações financeiras. Em 2022, esse grupo era formado por cerca de 587 mil pessoas e
representava 14,5% da população paraibana.
Nesse caso, o rendimento médio auferido era de R$ 775, em 2023, o que aponta para um
crescimento real de 19,6% em relação ao valor observado em 2022 (R$ 648), atingindo o maior
valor da série histórica, sendo muito próximo ao valor verificado no início da pandemia da Covid-
19, em 2020 (R$ 773).
Outra parcela importante desse contingente é a que recebia rendimento de “aposentadoria e
pensão”, embora tenha perdido participação, passando de 13,3% (539 mil pessoas) da
população estadual, em 2022, para 12,9% (525 mil pessoas), em 2023. Por sua vez, o
rendimento médio dessa população registrou alta de 15,8% (passou de R$ 1.809 para R$ 2.094,
respectivamente), recuperando parcialmente as perdas ocorridas em 2020 (-6,4%), 2021 (-7,8%)

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e 2022 (-3,9%).
No caso das pessoas que recebiam “pensão alimentícia, doação e mesada de não morador”,
houve elevação entre 2022 e 2023 tanto na participação em relação à população estadual, de
2,6% (106 mil pessoas) para 3,1% (125 mil pessoas), quanto no rendimento médio real, de
12,9% (passou de R$ 415 para R$ 489, respetivamente).
O grupo de pessoas que tinham “aluguel e arrendamento” como fontes de renda, embora tenha
crescido em participação, de 1% (41 mil pessoas) para 1,3% (55 mil pessoas) da população
paraibana, entre 2022 e 2023, permaneceu como minoritário. O rendimento médio desse grupo,
no último ano, foi de R$ 1.553, valor esse que foi 0,3% maior do que o auferido no ano anterior
(R$ 1.548).
Proporção de domicílios paraibanos com Bolsa Família é a maior desde 2012
Em 2023, 38,8% dos domicílios paraibanos recebiam rendimento do Bolsa Família, o que
corresponde a 570 mil domicílios. Em 2022, essa proporção havia sido de 35,5% e representava
483 mil domicílios. É o terceiro ano consecutivo de crescimento, em termos relativo e absoluto,
levando o indicador paraibano a alcançar o ponto mais alto da série histórica da pesquisa,
iniciada em 2012.
Ainda segundo a pesquisa, a proporção paraibana de domicílios que recebia rendimento do
Bolsa Família (38,8%), em 2023, era a 3ª maior do país, atrás somente das constatadas no
Maranhão (40,2%) e no Piauí (39,8%). Além disso, ficou acima das médias regional (35,5%) e
nacional (19%).

201220132014201520162017201820192020202120222023
Total1.1261.1401.1691.2221.2221.2401.2591.2821.2731.2871.3611.469
Recebe Bolsa Família412431419405419406399406164205483570
Recebe BPC-LOAS465055696571748263676584
Recebe outros programas sociais431076722211311124913474546
Total100,0100,0100,0100,0100,0100,0100,0100,0100,0100,0100,0100,0
Recebe Bolsa Família36,637,835,933,234,332,731,731,712,915,935,538,8
Recebe BPC-LOAS4,14,44,75,75,35,75,96,44,95,24,85,7
Recebe outros programas sociais3,89,45,71,81,71,00,90,938,627,03,33,1

Notas
Em temas anuais coletados em mais de uma visita, o acumulado se refere àquela com maior aproveitamento da coleta em cada ano, conforme a Nota Técnica 05/2021 da PNAD Contínua.
A partir de 19 de novembro de 2021, as estimativas deste tema passaram a ser divulgadas com base no novo método de ponderação da pesquisa, conforme a Nota Técnica 03/2021. Consequentemente, a série
histórica dos indicadores foi atualizada.
O programa social denominado "Bolsa Família" contempla inclusive o programa social "Auxílio Brasil", que substituiu o Bolsa Família entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022.
Tabela 7457 – Domicílios, total e por recebimento de rendimento de programa social e tipo de programa social – Paraíba (2012-2023)
Recebimento de rendimento de
programa social e tipo de programa
social

Ano
Domicílios (Mil unidades)

Distribuição percentual dos domicílios (%)

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2012-2019 (acumulado de primeiras visitas), a partir de 2020 (acumulado de quintas visitas).

No caso do Benefício da Prestação Continuada (BPC-LOAS), também houve alta do percentual
de domicílios beneficiados, que passou de 4,8% (65 mil), em 2022, para 5,7% (84 mil), em 2023.
Por sua vez, no mesmo comparativo, o percentual de domicílios que recebiam outros programas
sociais caiu de 3,3% (45 mil) para 3,1% (46 mil).
Seguindo tendência nacional, massa de rendimentos e rendimento domiciliar per capita
atingem recorde na Paraíba, em 2023

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No ano passado, com a melhora do mercado de trabalho e o aumento do número de
beneficiários de programas sociais, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita chegou
a R$ 5,392 bilhões, o maior valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com o ano anterior (R$ 4,595
bilhões), o aumento foi de 17,3%, superior à variação verificada em nível nacional (12,2%).

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, acumulado de primeiras visitas, exceto 2020-2022,
acumulado de quintas visitas, devido à pandemia de Covid-19.
– 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000201220132014201520162017201820192020202120222023Massa de rendimentos (Milhões de Reais)Gráfico: Massa de rendimento mensal real domiciliar per capita, a preços médios do último ano -Paraíba (2012-2023)

Conforme a pesquisa, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita paraibano cresceu
16,8% em relação ao verificado no ano anterior, tendo passado de R$ 1.133, em 2022, para R$
1.323, em 2023, o maior da série histórica iniciada em 2012. O valor estadual foi o terceiro maior
entre os estados da região Nordeste, atrás apenas do Rio Grande do Norte (R$ 1.350) e do Piauí
(R$ 1.327).

Desigualdade de rendimento na PB volta a crescer e se mantém como a maior do país,
aponta índice de Gini
Em 2023, a Paraíba registrou o maior Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita do país,
de 0,559, de acordo com o módulo da PNAD Contínua. O indicador mede a concentração de
renda e a desigualdade econômica – quanto mais próximo de zero o número, maior a igualdade
de renda entre a população do local. O resultado paraibano ficou acima dos constatados na
média do Brasil (0,518) e do Nordeste (0,509), indicando, portanto, maior desigualdade.
Diferentemente do indicador regional, que registrou a segunda queda consecutiva – de 0,556
(2021) para 0,517 (2022), e depois para 0,509 (2023) – o indicador estadual voltou a crescer em
2023, após ter caído em 2022 (0,558), frente ao ano anterior (0,562). Enquanto isso, no cenário
nacional, houve estabilidade.

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Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, acumulado de primeiras visitas, exceto 2020-2022, acumulado de
quintas visitas, devido à pandemia de Covid-19.
0,5000,5100,5200,5300,5400,5500,5600,57020132014201520162017201820192020202120222023Gráfico: Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita, a preços médios do ano -Brasil, Nordeste e Paraíba (2013-2023)BrasilNordesteParaíba

Outro indicador que aponta para o crescimento da desigualdade de renda no estado é o Índice de
Gini do rendimento de todos os trabalhos, que registrou a terceira alta consecutiva, subindo de
0,523, no início da pandemia da Covid-19, em 2020, para 0,584, em 2023. Com esse valor,
passou a ser o segundo maior do país, menor somente que o registrado no Piauí (0,587), após
ter estado no topo do ranking nos dois anos anteriores. Nos cenários nacional e regional, entre
2022 e 2023, o indicador também registrou alta, de 0,486 para 0,494 e de 0,501 para 0,509,
respectivamente.
Por meio da análise de mais um indicador de desigualdade de renda, a pesquisa mostra que, no
estado, em 2023, 40% da população com os menores rendimentos recebia um valor médio
mensal real domiciliar per capita de R$ 358, enquanto o rendimento dos 1% com os maiores
rendimentos era de R$ 22.680, sendo este 63,4 vezes maior que o do primeiro. Essa é a 2ª maior
razão da série histórica da pesquisa, marcada por um crescimento gradativo do indicador a partir
de 2012, interrompido apenas nos anos de 2020 (pandemia) e 2023, e cujo ponto mais alto
ocorreu em 2022 (78,3 vezes).

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Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, acumulado de primeiras visitas, exceto 2020-
2022, acumulado de quintas visitas, devido à pandemia de Covid-19.
10,020,030,040,050,060,070,080,090,020132014201520162017201820192020202120222023Razão entre os rendimentosGráfico: Razão do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, entre o 1% das pessoas com maiores rendimentos e 40% ds pessoas com os menores rendimentos -Brasil, Nordeste e Paraíba (2013-2023)BrasilNordesteParaíba

Com o resultado verificado em 2023 (63,4 vezes), o indicador ficou bem acima dos observados
nas médias brasileira (39,2 vezes) e regional (39,8 vezes). Além disso, entrou em sintonia com a
tendência de queda observada no cenário regional nos dois últimos anos. Na média nacional,
após a queda em 2022, frente a 2021, houve estabilidade entre 2022 e 2023.

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