Conforme denúncia da jovem Cícera Dayane Batista da Silva, 22 anos, residente na Rua João Cassimiro de Lira nº 62, Bairro de Capoeiras, em Cajazeiras, na noite de quinta-feira (19), ela teria sido torturada pelo sargento Anacleto e o aspirante Carlos Eduardo da Policia Militar, sob alegação de que ela teria roubado um telefone celular, pertencente a um aluno do Curso de Formação de Soldados.
Dayane afirmou em declaração a imprensa no programa Boca Quente da Difusora Rádio Cajazeiras, que foi espancada pelos policiais, sendo jogada contra parede, batendo em sua face e puxando nos seus cabelos, ao ponto da mesma urinar na roupa. Além disso, os dois policiais teriam colocado sacola de plástico na cabeça da vítima para impedir sua respiração, e isso foi repetido várias vezes. A vítima afirmou que chegou a desmaiar várias vezes, sendo acordada com água gelada jogada no seu rosto. Dayane afirmou que continuou sendo espancada até ás 20h30, quando o sargento mandou a mesma sair sem olhar para trás, sendo ameaçada com a afirmação do PM: “o que puder fazer para lhe prejudicar pode ter certeza que vou fazer”.
A denúncia causou uma grande repercussão na cidade e na região. Várias pessoas prestaram solidariedade e pediram a apuração do caso.
O Comandante do 6º BPM tenente coronel Vilson Dutra está determinando o afastamento dos dois policiais da escola de soldados, até serem apuradas as denúncias. Segundo Dutra, se as denúncias forem comprovadas os policiais deverão ser afastados da corporação. Ele ainda acrescentou que deverá cumprir a lei.
O oficial João Guimarães de Lacerda foi designado para presidir a sindicância que será aberta para apurar o caso. A denunciante foi ouvida pela corregedoria do 6º BPM na última sexta-feira (20).
Portal CZN
