A Paraíba o tempo todo  |
PUBLICIDADE

PB tem 16 cidades com risco de surto de Zika

À medida que o vírus zika se espalha pelo mundo, aumenta a necessidade de desenvolver rapidamente tratamentos para tratar a doença desencadeada pelo micro-organismo. Agora, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Duke e da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, anunciou a descoberta de um alvo terapêutico em potencial. Eles desvendaram o mecanismo pelo qual o C10, um anticorpo humano previamente conhecido por reagir com o vírus da dengue, previne a infecção do zika em nível celular. Dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde mostram que Estado tem 55 cidades em alerta. Destas 16 cidades paraibanas têm risco de surto de dengue, zika e chikungunya.

Para infectar uma célula, as partículas virais geralmente utilizam dois passos — acoplamento e fusão — que são alvos comuns de medicamentos antivirais. Durante a primeira fase, o micro-organismo identifica locais específicos da célula e se liga a eles. Com a infecção do zika, esse passo se inicia em um compartimento celular chamado endossomo. As proteínas que formam uma espécie de capa que protege o vírus passam por mudanças estruturais para se fundirem com a membrana do endossomo e, assim, lançam o genoma do patógeno dentro da célula, completando o processo de fusão e, portanto, a infecção.

Usando um método chamado microscopia crioeletrônica, que permite visualizar partículas extremamente pequenas, a equipe de cientistas visualizou o C10 em ação com o vírus zika sob diferentes pHs, de forma a compreender como essa interação se daria em diferentes ambientes, tanto do vírus quanto do anticorpo, no processo infeccioso. Os cientistas descobriram que o C10 se associa à principal proteína que forma a capa do vírus zika, independentemente do pH, e encapsula esse gene, impedindo as alterações estruturais necessárias à ocorrência do passo de fusão. Sem a fusão do vírus no endossomo, o DNA viral não consegue entrar na célula e, consequentemente, não ocorre a infecção.

Paraíba – Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com os municípios, aponta que 71 cidades encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika no Estado da Paraíba. Desse total, 16 municípios estão em risco e 55 em alerta. Outros 24 estão em situação satisfatória. João Pessoa, a capital do Estado está em situação satisfatória. Os dados do LIRAa, foram apresentados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que também divulgou a nova campanha deste ano para combate ao mosquito transmissor das três doenças. A nova campanha chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes.

 

Dos 3.704 municípios brasileiros que estavam aptos a realizar o LIRAa – aqueles que possuem mais de 2 mil imóveis – 62,6% (2.284) participaram da edição deste ano. Em comparação com 2015, houve um aumento de 27,3% em relação ao número de municípios participantes.

Redação com MS

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe