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Opinião: o fim de uma época de ouro do jornalismo paraibano com o fechamento do Correio da Paraíba

“A vida é um soco no estômago”, como certa vez escreveu Clarice Lispector em diálogo intimista de nome “A Hora da Estrela”. Sim, fui atingido por um meteoro e lançado no universo paralelo da ‘Matrix’. Embora já esperasse o falecimento de um “amigo” que fez parte da minha história profissional, o impacto foi gigantesco.

Custei a acreditar. Liguei para a competente Cláudia Carvalho e ela foi categórica. O Correio da Paraíba só circulará até amanhã. Este será o ponto final de uma história pautada em 66 anos de notícias. Um veículo que abrigou em sua redação jornalistas da mais alta competência.

Diagramadores mestres; fotógrafos premiados. Só os “bambas” estavam por lá. Colegas e amigos de muita estima. Lá foi a minha primeira casa após o findar dos estágios no Sesc, cujo mago da escrita, Chico Noronha, me fez entender a função do lead da notícia.

Dali me dirigia à União, sendo lapidado por Nonato Bandeira e toda uma plêiade de grandes jornalistas, até o convênio da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) ser findado e a graduação em Jornalismo Impresso ser concluída em 1997. Observe, leitor, a ironia do destino. Começo e fim. Alfa e ômega no mesmo espaço.

Meu ingresso no Correio

Tímido e trêmulo fui para um teste no Correio. Lembro que estava à frente da escolha Lena Guimarães, sob a supervisão de Ricardo Farias. Estavam naquele momento pessoas do Olimpo, citando como exemplo Carlos Aranha, Marcela Sintônio, Sony Lacerda, Helder Moura, Adelson Barbosa, Wellington Farias, José Carlos dos Anjos, Andrea Batista e tantos outros.

No caderno de cultura acho que estavam na época Ana Phelipe, Augusto Magalhães e Linaldo Guedes. Jamarri Nogueira era um neófito. Também lembro o sorriso largo e serelepe de Assuero Lima. Muito satisfeito, foi fazer um curso em São Paulo (ou outro estado do Sudeste) para aprender a “operar” a primeira máquina digital fotográfica da Paraíba.

E assim histórias mil eram contadas a cada dia. Um carro para levar cinco repórteres de uma só vez. Não mais que três telefones fixos para uma redação imensa. Tínhamos que esperar o colega para entrevistar a fonte. E quando ela não atendia, voltávamos para o final de uma fila quilométrica cuja camaradagem minava o mal humor.

E assim parte o bom e velho Correio da Paraíba. Senti o mesmo com o findar do Jornal da Paraíba e O Norte, embora esse último não tenha trabalhado, mas sempre que havia tempo visitava a redação para rever o pessoal.

É isso. O fim de um ciclo. Do papel carbono, da máquina de datilografia. Da métrica manual mais que perfeita de um jornal quase artesanal para os “Tempos Modernos”, cujo gênio Charlie Chaplin já havia previsto no longínquo 1936.

E pensar que o Correio “veio” ao mundo no mesmo dia em que a Capital da Paraíba comemorava 368 anos de “vida” é bem simbólico. Por fim, agradecer a todos em nos manter sempre bem informados por décadas.

Aos amigos e colegas do “batente”

A todos que ainda hoje figuram a redação, meus sinceros sentimentos. Sejam (sejamos fortes). O jornalismo da Paraíba sepulta o tempo de papel carbono, dedos pretos com a “tinta” que saia do mesmo. Da borracha “salvadora” para tentar apagar um erro contido no texto.

Até mais Correio da Paraíba!
Fomos felizes…

Vereador Helton Renê exige retratação pública deste colunista e é prontamente atendido

O vereador licenciado e atual secretário do Procon de João Pessoa, Helton Renê, migrou de agremiação partidária. O vereador oficializou sua entrada no PRB. Ele deixou o PCdoB, nesta reta final de filiações.

Com brilhante passagem no Procon municipal, o parlamentar entrou em contato com este colunista a fim de buscar uma retratação da minha parte, uma vez que se sentiu ofendido com o título do artigo de ontem (dia 02) e veiculado neste espaço.

Eis o que provocou desconforto em Renê: “Análise: os “mamadores” do governo e o desprezo à vida deixam o prefeito da Capital em situação de calamidade técnica.

Mesmo com aspas na palavra, seguindo algo perfeitamente normal no jornalismo, pois a figura de linguagem é permitida, peço desculpas ao ilustre vereador em se ater a algo que ele julgou ser uma ofensa a sua pessoa.

Fica aqui registrada minhas mais profundas desculpas àquele que se sentiu agredido e solicitou, de maneira educada, uma retratação, algo legítimo e garantido pela própria Constituição Federal.

Zennedy acerta ao ficar na gestão de Cartaxo a fim de ajudá-lo nas ações de combate à propagação do Covid-19

O Secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa, Zennedy Bezerra (PV), garantiu ao Política&etc que não vai deixar o cargo na Prefeitura para ser candidato a vereador em João Pessoa.

Seu nome havia sido ventilado nos bastidores para concorrer ao próximo pleito, mas, em ato de puro altruísmo, preferiu manter-se na pasta e ajudar a gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PV) a enfrentar desafios hercúleos em função da pandemia do novo coronavírus.

“Em um momento como esse eu não vou me desincompatibilizar. Eu sou secretário de uma pasta de frente no combate, prefiro dar minha contribuição”, disse.

Ficar no cargo para combater o Covid-19 faz Tibério Limeira abdicar o direito à recondução à Câmara de JP

O vereador de João Pessoa, Tibério Limeira é outro que prefere manter-se no cargo do Executivo e ajudar o governador João Azevêdo na luta contra o Covid-19.

Secretário estadual de Desenvolvimento Social, ele entende que o momento não deve ser pautado em vaidades e, sim, na busca pela preservação da vida.

Galdino acerta na preservação da vida

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, mais uma vez acertou na luta contra a pandemia que assola o mundo. Em live, o parlamentar revelou que a Casa está viabilizando recursos para a aquisição de máscaras e protetores faciais para os profissionais da área de saúde do estado.

Deputado Tião Gomes é mais um na frente de combate ao Covid-19

Em reconhecimento ao trabalho incansável de profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, o deputado estadual Tião Gomes (Avante), solicitou ao Governo do Estado que seja instituída uma Gratificação de 20% na remuneração dos médicos.

Além desses profissionais, a medida sugerida também contempla enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, odontólogos, integrantes da Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, que arriscam suas vidas em benefício da população paraibana.

 

Eliabe Castor
PB Agora

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