Categorias: Paraíba

Opinião: Governo é governo, e partido é partido?! Não é bem assim. Senão vejamos…

PUBLICIDADE

Em meio à refrega com o seu antecessor, Ricardo Coutinho, o governador João Azevêdo tem dito que “governo é governo, e partido é partido”. Numa tentativa de blindar a sua gestão dos desgastes decorrentes de um rompimento de relações dele com o seu criador político, que a cada dia se consolida e parece ser irreversível.
Sempre muito equilibrado e de temperamento pouco afeito aos embates, João Azevêdo tenta passar a ideia de que, para ele, o mais importante, no tocante à sua equipe, é o desempenho na gestão, de forma que não tentem misturar as coisas praticando dentro do Governo a política partidária.

Como assim?! Vamos combinar:, na prática, uma coisa está umbilicalmente associada à outra. Aliás, não existe governo sem partido e sem política. Partido sem governo é o pau que mais tem por ai, mas o contrário não. Portanto, governo emana da política e de partidos. E, segundo a legislação, os mandatos pertencem aos partidos.
Apenas para se por à prova dos nove essa máxima de que “governo é governo, e partido é partido”: se por ventura o mais bem avaliado dos auxiliares do governo, mesmo tendo o melhor do seu desempenho no exercício de sua função, seria mantido na gestão mesmo permanecendo aliado a Ricardo Coutinho, ou a algum um outro adversário político?

Mais objetivamente: se Edivaldo Rosas continuasse tão fiel a Ricardo Coutinho quanto historicamente fora fiel a todos os governos o chumbo de A União, teria ele sido guindado à condição de secretário de Governo?

Claro que não.

Portanto, tudo como dantes no quartel de Abrantes: todo governo é partido, mas nem todo partido é governo.

PS: a mais recente edição do Diário Oficial também é uma prova cabal de que não se sustenta essa tal máxima governo é governo, e partido é partido.
E as próximas deverão reforçar ainda mais…

Tudo igual

Convenhamos, ninguém pode se queixar se porventura foi defenestrado do cargo ou função pública de confiança do governo, na esteira deste rompimento entre João Azevêdo e Ricardo Coutinho.

Infelizmente esta é a regra do jogo, e também valeu em vários outros rompimentos que a história política da Paraíba registra.

Mas

O lamentável é que, em todos estes governos, o mérito de nada adianta. O que vale mesmo, portanto, é o apoio político, às vezes a bajulação…

 

Wellington Farias

PB Agora

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Veneziano admite dependência de alianças para chapa federal e projeta crescimento do MDB na Assembleia em 2026

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), presidente estadual do partido na Paraíba, afirmou, durante…

23 de dezembro de 2025

Cícero Lucena evita falar sobre alinhamento com família Cunha Lima e reforça diálogo com aliados

O prefeito de João Pessoa e pré-candidato ao Governo do Estado, Cícero Lucena (MDB), voltou…

23 de dezembro de 2025

Felipe Leitão confirma desejo de disputar presidência da ALPB: “Construindo isso ao longo desses anos”

O deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Felipe Leitão (Republicanos), confirmou…

23 de dezembro de 2025

Hugo Motta afirma realinhamento com Governo Lula durante posse do novo Ministro do Turismo

O deputado federal paraibano e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou na…

23 de dezembro de 2025

Luiz Couto evita críticas a Ricardo Coutinho e defende foco do PT nas pautas do povo

O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) evitou, nesta segunda-feira (22), fazer críticas ao ex-governador da…

23 de dezembro de 2025

Ruy garante novos recursos para ampliar atendimento a autistas no Brejo paraibano

Parlamentar reforça compromisso com inclusão na Paraíba O fortalecimento da rede de apoio e acolhimento…

23 de dezembro de 2025