imagem: canva / reprodução
A recomendação integra o Procedimento Administrativo 002.2024.025285 e foi expedida pela 51ª promotora de Justiça de João Pessoa, Ana Raquel Beltrão, ao secretário de Educação, Antônio Roberto Araújo Souza.
O objetivo é garantir o cumprimento de normas constitucionais (como os artigos 6º, 205 e 227, que versam sobre o direito à educação) e de leis federais como o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a LDB (Lei 9.394/1996), que sofreu alteração com as leis 10.639/2003 e 11.645/2008.
Baixa institucionalização da lei
Segundo a promotora de Justiça que atua na defesa da educação, apesar do aumento de experiências sobre educação para relações raciais nas escolas brasileiras, ocorrido após a alteração da LDB, pesquisas apontam que ainda é baixa a institucionalização da lei nos sistemas de ensino, nas propostas curriculares, na gestão educacional, caracterizando-se por ações pontuais nas escolas, dependentes em sua maior parte da iniciativa de educadores ativistas da causa antirracista.
Para ela, a implementação da LDB e das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana exigem uma quebra de paradigmas e a renovação de currículos e materiais didáticos. “A discriminação racial na escola está presente na veiculação de estereótipos negativos acerca da população negra, nas relações desrespeitosas entre negros e brancos no cotidiano escolar, no eurocentrismo dos conteúdos curriculares, na negligência na política educacional acerca da literatura e cultura produzida por africanos e afro-brasileiros, na negação da existência do racismo por meio de teses que afirmam ser o Brasil uma grande e harmônica democracia racial e, sobretudo, na oferta de uma educação de pior qualidade para as populações negras e pobres do País”, justificou.
A secretaria e o conselho terão 10 dias para encaminhar à Promotoria de Justiça a documentação comprobatória pertinente sobre o cumprimento da recomendação. A omissão de resposta será interpretada como recusa e serão adotadas as medidas judiciais cabíveis. A Promotoria de Justiça realizará inspeções para monitorar e fiscalizar o cumprimento da recomendação.
Cópia da recomendação também foi enviada à Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, ao Conselho Estadual de Educação, às gerências regionais de Ensino, ao Conselho Estadual de Promoção à Igualdade Racial; à Assembleia Legislativa; ao Conselho Estadual de Direitos Humanos e aos movimentos negros existentes na Paraíba.
Confira as medidas recomendadas pelo MPPB:
Ao Estado, por meio da Secretaria de Educação (SEE/PB):
Medida recomendada ao Conselho Estadual de Educação da Paraíba:
Acompanhe o PB Agora nas redes:
A noite desta sexta-feira (5) produziu um fato político que pode redesenhar alianças no campo…
O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), reconheceu nesta sexta-feira (5) que…
A história da Paraíba é realmente rica, e um dos exemplos mais impressionantes dessa memória…
A Superintendência Executiva de Administração do Meio Ambiente (Sudema) divulgou, nesta sexta-feira (5), o relatório…
O feriado de Nossa Senhora da Conceição, celebrado nesta segunda-feira (8), provoca mudanças no funcionamento…
Imagens divulgadas nas redes sociais registraram um automóvel sendo consumido pelas chamas na tarde deste…