Foto: Dnit/Paraíba
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a adoção imediata de medidas emergenciais para corrigir falhas graves de segurança no trecho da BR-230 entre Cabedelo (PB) e João Pessoa (PB). A recomendação aponta que as obras de triplicação da rodovia, iniciadas em 2017 e nunca concluídas, resultaram em uma série de problemas que expõem motoristas e pedestres a riscos concretos de acidentes.
Entre as irregularidades listadas pelo MPF estão buracos, desníveis, falhas de drenagem, desvios improvisados, ausência de passarelas e iluminação precária em áreas densamente povoadas, como os bairros de Intermares, Renascer e Jacaré, em Cabedelo.
De acordo com o MPF, a proximidade da alta estação turística e a realização de eventos de grande porte agravam a situação, pois devem intensificar o fluxo de veículos e pedestres na rodovia, ampliando o risco de congestionamentos e acidentes fatais.
O Dnit tem prazo de 15 dias para executar os reparos e comprovar documentalmente as medidas adotadas, incluindo a instalação de sinalização adequada, a construção ou ativação emergencial de passarelas e a solicitação de melhorias na iluminação pública. A ausência de resposta será considerada recusa tácita ao cumprimento, com todas as consequências jurídicas aplicáveis.
Responsabilização dos gestores – O MPF adverte, no documento, que a omissão dos gestores poderá gerar responsabilização criminal, civil e administrativa. No âmbito penal, destacou-se a possibilidade de enquadramento no chamado dolo eventual, quando o agente, ciente do risco, assume a possibilidade de resultado prejudicial. Nesse caso, gestores poderão vir a responder por homicídio ou lesão corporal em decorrência de acidentes relacionados às falhas constatadas na rodovia, que é juridicamente reconhecida como meio ambiente artificial, integrante do patrimônio ambiental sujeito à tutela do poder público.
Além disso, o descumprimento da recomendação pode vir a acarretar indenizações por danos materiais e morais, além de sanções administrativas ao órgão responsável.
“A situação exige soluções imediatas. Não se trata apenas de descuido administrativo, mas de um risco concreto e iminente à vida de milhares de pessoas que utilizam diariamente a BR-230. Se acidentes ocorrerem em decorrência dessa omissão, os gestores poderão responder, inclusive por dolo eventual. É preciso agir com urgência para evitar novas tragédias”, afirmou o procurador da República João Raphael Lima Sousa.
O MPF também expediu recomendação requisitando cooperação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para intensificar o patrulhamento, reforçar medidas preventivas de trânsito e realizar campanhas educativas nos trechos mais críticos da BR-230 e da BR-101.
Ascom MPF
Acompanhe o PB Agora nas redes:
Imagens divulgadas nas redes sociais registraram um automóvel sendo consumido pelas chamas na tarde deste…
A história da Paraíba é realmente rica, e um dos exemplos mais impressionantes dessa memória…
O policial militar Luiz Miguel, preso neste sábado (6) após a morte da esposa, Élida…
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), comentou ontem, sexta-feira (05) as movimentações que…
Uma explosão causada por um vazamento de gás deixou um homem ferido na manhã deste…
Um cabo da Polícia Militar foi preso em flagrante na madrugada deste sábado (6), suspeito…