A técnica em contabilidade Sheilla Sales quebrou uma norma a que tinha se submetido por conta própria. Nas últimas semanas, ignorou o hábito de não levar trabalho para dentro de casa. A nova ordem na rotina é dar conta do volume que salta ao expediente no escritório mantido no centro de João Pessoa. A razão: o crescimento de 30% na demanda de serviços em virtude de solicitações para realizar declarações do Imposto de Renda. “Agora, fico presa à tela do computador”, ela diz. A três dias do encerramento do prazo para ficar regular junto à Receita Federal, o prognóstico dela é de suor e dedicação. A explicação marca passo no velho costume brasileiro de deixar tudo para a última hora.
A Delegacia da Receita Federal em João Pessoa informou que, das 225 mil declarações a serem feitas no estado, apenas 146 mil chegaram ao órgão. O balanço com números da madrugada de ontem mostra que 79 mil paraibanos ainda vão comunicar a movimentação financeira feita no ano passado – o correspondente a 35% do universo de procedimentos. O comerciante João de Deus, de 56 anos, é um dos “atrasados”. Preferiu deixar para declarar no fim do intervalo aberto pela Receita. E não se constrange em dizer que sempre opta pelos últimos dias. “A minha declaração é coisa simples. Dá certo toda vez. Complicado é quando faltam dois dias”, ele observa.
No Brasil, 16,6 milhões de contribuintes já declararam. A estimativa do órgão é de que 25 milhões de pessoas realizem o procedimento até as 24 horas do próximo dia 30. O delegado da Receita Federal em João Pessoa, Marconi Frazão, considera a procura compatível com o registro de anos anteriores. Ela adverte, no entanto, para os riscos associados à demora em efetuar a declaração com antecedência. “Nos instantes finais, há congestionamento na Internet, e o site fica difícil de ser acessado. Além disso, se faltar algo, é complicado dispor”, frisou.
O contribuinte que não declarar no tempo definido paga multa entre R$ 165,74 e 20% sobre o imposto devido. Fica com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) irregular. Sem o CPF, não participa concursos, abre crediários, conta em bancos, tira passaporte ou usufrui benefícios da Previdência Social. A Receita diz que 1,315 milhão de brasileiros precisam se regularizar junto ao órgão.
O Norte
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