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Inspeção nos cemitérios de JP escancara herança macabra dos últimos anos

Cemitério do Muçumagro sofre com constantes alagamentos. Fotos: Divulgação / Arquivo

O blog teve acesso a um relatório elaborado pela Prefeitura de João Pessoa que provoca um misto de indignação e tristeza pela memória de quem foi sepultado em um dos cemitérios públicos da capital. Túmulos abertos e violados, lixo por todo lado, mato e até inundação. Isso tudo para não falar dos ossários abertos e com sacos jogados de todo jeito. Uma tremenda falta de respeito com quem já morreu. São sacos rasgados e grande parte sem qualquer possibilidade de identificação.

O quadro é reflexo da falta de investimentos nos cemitérios durante os oito anos de gestão do ex-prefeito Luciano Cartaxo (PV). O blog teve acesso às queixas de parentes de pessoas enterradas nos cemitérios. Eles alegam que a gestão municipal providenciava paliativos apenas quando se aproximava o Dia de Finados. No restante do ano, a realidade era de abandono mesmo.

A estimativa da prefeitura é de que será necessário uma carreta para recolher e dar destino aos restos mortais abandonados nos ossários sem identificação e que precisam de sepultamento digno.

Os problemas não são novos, mas eles ganharam destaque com a pandemia do novo Coronavírus. Um levantamento feito pela prefeitura mostrou que o número de mortes triplicou neste mês em relação aos anteriores. Só para se ter uma ideia, em janeiro foram enterradas 80 pessoas mortas em decorrência da Covid-19. Este número subiu para 88 em fevereiro e passou a ser de 83 contabilizando apenas os 11 primeiros dias do mês de março. As projeções indicam que chegaremos a 250 mortes neste mês ou mais, se o ritmo for mantido.

Diante do quadro, foi realizada uma inspeção nos cemitérios públicos da capital. São seis ao todo: Senhor da Boa Sentença, no Varadouro; São José, em Cruz das Armas; Cristo Redentor, no Cristo; Santa Catarina, no Bairro dos Estados; São Sebastião, no Muçumagro, e o Cemitério da Penha, na praia da Penha. Em todos se verificou descaso acima do aceitável principalmente com os corpos de pessoas mais pobres, aquelas que fazem uso das covas rotativas e que têm como destino os ossários dois anos depois.

A prefeitura firmou uma parceria com cemitérios privados para atender à demanda, em caso de estrangulamento da capacidade de atendimento da população em meio à pandemia.

 

com informações do blog Suetoni Souto Maior

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