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Gripe Suína na Paraíba: preocupação no ar

Estamos preparados, nós paraibanos, para enfrentar a Gripe Suína? A informação de que a primeira vítima da nova gripe no Nordeste morreu na Paraíba e ainda de que, de tão avançados, já somos referência para pacientes em outros estados nos faz querer sondar qual o nível de atendimento prestado em nosso Estado ante o novo mal mundial.

Levando em consideração que o modelo de saúde pública no país inspira cuidados não é exagero desconfiar da qualidade do atendimento em casos de surtos epidêmicos. Somos ruins em situações normais, quem dirá em situações excepcionais.

Em João Pessoa, o Hospital Universitário é um dos centros de referência para o atendimento de pacientes com suspeitas de Gripe Suína. “Centro de referência?”. Mas não era o HU que até bem pouco tempo ameaçava fechar as portas por falta de recursos e, consequentemente, pela precariedade do atendimento?

Claro que seria delírio febril pensar em desfrutar na Paraíba de um sistema inglês, onde os supostos pacientes da Gripe Suína tem diagnóstico pela Internet e, de posse de uma senha retirada do próprio computador, se dirigem às farmácias para pegar, de graça, o antiviral Tamiflu para conter a gripe, na maioria das vezes combatida em casa mesmo.

A Gripe Suína assusta. Mas é claro que assusta muito mais saber que não tem antiviral pra todo mundo, que o exame demora dias para ser feito, que não há leitos no HU e que a vacina para Gripe Suína só deverá começar a ser produzida a partir de 2010. Por enquanto, os interlocutores da Secretaria de Saúde do Estado mantém discurso tranqüilizador. Esperamos que a ação seja mais preocupada.

Além da preocupação com atendimento, fica no ar, assim como o H1N1, a pergunta: não deveríamos exagerar nas medidas para evitar o início do surto ou é melhor esperar que os índices de vítimas fatais aumentem para percebemos que é hora de suspender as aulas na rede de ensino, diminuir a concentração de pessoas em ambientes fechados e fiscalizar a entrada e saída de paraibanos?

Não se trata de pânico, mas de enfrentamento.

De três milhões de paraibanos, somos apenas oito com diagnóstico confirmado. É pouco, tudo bem. Mas um vírus otimista diria para o colega: “Olha, temos um mundão de gente pra infectar. Vamos em frente”.

E nós, o que faremos?


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