Cerca de 70% dos funcionários dos Correios na Paraíba entraram em greve por tempo indeterminado em todas as agências do estado, reivindicando um reajuste salarial de 8%. A decisão do movimento aconteceu durante assembleia realizada na noite de terça-feira, no Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB). Com a paralisação dos carteiros, o presidente do sindicato, Emanuel de Souza, disse que cerca de 250 mil objetos e correspondências deixam de ser entregues por dia.
O movimento grevista segue a decisão da federação nacional da categoria (Fentect). Emanuel contou que a pauta de reivindicação da categoria foi entregue a diretoria da empresa no dia 27 de julho, para que eles apresentassem alguma contra proposta, mas até agora a empresa não deu resposta à categoria.
O líder sindical paraibano enfatizou que a atual diretoria da empresa tem interesse total em privatizar a empresa, pontuando que a greve deflagrada também é contra o fechamento de agências, contra a privatização dos Correios e Telégrafos e contra a perspectiva de demissão em massa. Emanuel informou também que o salário de um carteiro atualmente é de R$ 1.370,00.
Na Paraíba existem mais de mil carteiros, distribuídos em cerca de 230 agências instaladas em todos os municípios do estado. Durante o período de greve os serviços de postagem e entrega de correspondências e encomendas vão ficar suspensos. Na sede da empresa, situada no bairro do Cristo, o expediente será apenas interno e não haverá atendimento ao público enquanto durar o movimento grevista.
Redação