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Familiares de gestante denunciam descaso em maternidade pública de Campina Grande-PB

Os familiares da jovem Audeane Figueiredo Batista de 25 anos, que reside em Alagoas e desde dia 09 de setembro encontra-se internada na maternidade Instituto de Saúde Elpídio Almeida – ISEA de Campina Grande resolveram dar um basta na longa espera por um procedimento cirúrgico e pedem ajuda dos órgãos de imprensa de Alagoas e de Campina Grande-PB para denunciar o descaso com a saúde pública no Município.

A jovem Audene estava em visita na cidade de Campina Grande quando descobriu que estava grávida de seu primeiro filho, após um casamento de sete anos. A alegria da gestação não durou muito, dois dias após a confirmação a jovem apresentou um forte sangramento e foi encaminhada para Maternidade Municipal da Cidade. Depois de muitas notícias destorcidas os médicos chegam ao laudo final, a jovem apresenta uma gravidez ectópica cervical.

A gravidez ectópica cervical é tida como de localização excepcional, representando menos de 1% das implantações ectópicas. Embora rara, constitui patologia obstétrica de elevada gravidade e por isso a gestação precisaria ser interrompida imediatamente para evitar riscos maiores para paciente. Mesmo abalados os familiares sabiam que o procedimento precisaria ser feito com urgência, pois esse tipo de gestação evolui em cerca de 70 a 80 % para uma histerectomia total, o que acabaria com todas as chances de uma gravidez futura.

Segundo a direção do hospital o caso da jovem é o primeiro em todo o Estado, e por isso não tinham medicamentos e equipamentos específicos para o procedimento. Então qual seria a saída? Primeiro falava-se em transferência para o Recife, pois o procedimento não teria como ser realizado em Campina, e aí surge o primeiro problema, a transferência só poderia ocorrer com uma ambulância totalmente equipada para emergência pois a jovem correria riscos de morte, caso apresenta-se um quadro de hemorragia. Logo a direção apresentou uma alternativa, segundo eles, mais viável e segura, e informaram aos familiares que iriam fazer o procedimento no local em parceria com o Hospital Universitário, mas que para isso seria necessário comprar alguns medicamentos de forma emergencial e que já tinham acionado a Secretaria Municipal de Saúde.

Da internação até hoje são 14 dias e nada foi feito, a jovem continua internada na ala de alto risco da Maternidade Municipal ISEA sem nenhuma esperança de quando irá realizar o procedimento.

Cansado da longa e espera e do total descaso com o caso o sogro da jovem, Marconi Lira resolveu denunciar o fato. “O que mais nos preocupa nesse momento é o tempo de espera, pois sabemos que esse tipo procedimento só pode ser realizado até 12ª semana de gestação e hoje ela já está entrando para 10ª e nada foi resolvido e nem temos previsão. Não podemos ficar calado diante desta situação, estamos falando de uma jovem de apenas 25 anos que se não for atendida de forma urgente poderá ser submetida a uma histerectomia total, enterrando todos os seus sonhos de uma futura gestação” alertou Marconi demonstrando muita revolta com a saúde pública do País.



Redação com Assessoria

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