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Em CG, funcionário que denunciou cliente por injúria racial forjou crime, diz polícia

Foto: reprodução / TV Paraíba

Em dezembro do ano passado, a dona de uma lanchonete prestou um Boletim de Ocorrência após uma cliente, supostamente, enviar mensagens de cunho racista, através de uma rede social, contra um funcionário de seu estabelecimento, em Campina Grande. No entanto, após 30 dias de investigação, a polícia indiciou o funcionário por ter forjado o crime.

Durante as investigações, a Polícia Civil solicitou a quebra de dados do número que enviou as mensagens e após constatar a fraude, indiciou o jovem pelo crime de denunciação caluniosa, que é quando a pessoa relata um fato que não aconteceu.

De acordo com a delegada Mairam Moura, responsável pelo caso, o jovem que alegou ter sido vítima de injúria racial, confessou em depoimento que inventou toda a situação. Mairam explicou que ele comprou chips de celular, cadastrou no nome da própria mãe e enviou as mensagens enquanto trabalhava no local. Ele deixou o emprego durante o decorrer das investigações.

Imagens do circuito de segurança do estabelecimento mostraram o momento no qual o funcionário vai até o banheiro com o celular, no mesmo horário em que as mensagens foram recebidas pelo proprietário, que também estava na lanchonete.

O jovem, se passando por um cliente, ainda segundo a delegada, teria enviado mensagens onde se dizia desconfortável por ter “avistado um funcionário de cor escura atendendo” e que não se sentia bem “sendo atendido por um negro”.

Com a quebra do sigilo telefônico e das redes sociais do suspeito, a polícia passou a desconfiar da versão contada pelo jovem, principalmente após a tentativa de retirar a denúncia que fez. Como não havia, segundo informou a delegada Mairam, a possibilidade de recuar com as investigações, o jovem confessou que forjou o crime, enviando as mensagens de cunho racistas e usou a foto de uma adolescente para criar o perfil por onde as enviou. A adolescente que teve a foto usada pelo suspeito mora no Rio de Janeiro.

Convocada a depor, a mãe do jovem afirmou que não sabia sobre a existência dos números cadastrados em seu CPF.

O estabelecimento lamentou o fato e disse que também foi vítima da ação do jovem.

 

PB Agora

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