O prefeito interino de Cabedelo, Edvaldo Neto (Avante), anunciou que a nova gestão realizará uma auditoria completa nas contas do município e afirmou haver indícios de irregularidades em contratos e obras públicas. A declaração foi feita nesta quinta-feira (18), durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM.
Edvaldo assumiu a Prefeitura após a cassação, pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), da chapa formada pelo então prefeito André Coutinho e pela vice-prefeita Camila Holanda. André Coutinho já anunciou que irá recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o prefeito interino, a prioridade da gestão neste momento é restabelecer a estabilidade administrativa e política no município, após o que classificou como uma “ruptura traumática”.
“O primeiro passo é retirar Cabedelo dessa situação de instabilidade. Houve uma ruptura traumática e precisamos tranquilizar a população, garantindo a continuidade do que está correto, resolvendo os problemas existentes, sem caça às bruxas ou perseguições”, afirmou.
Auditoria em contratos e obras
Edvaldo Neto explicou que a auditoria tem como objetivo identificar a real situação financeira e administrativa do município, assegurando a legalidade dos atos praticados pela gestão anterior.
“A gente está fazendo uma auditoria nas contas do Município para entender em que situação Cabedelo se encontra. Tudo o que estiver dentro da legalidade, que foi corretamente executado, terá continuidade. Mas aquilo que não nos transmitir confiança quanto à legalidade do processo administrativo será analisado com cuidado”, disse.
Questionado sobre a existência de irregularidades já identificadas, o prefeito interino afirmou que há sinais preocupantes, mas evitou antecipar conclusões antes do encerramento dos trabalhos técnicos.
Ele citou, como exemplo, uma denúncia envolvendo a construção de uma escola, onde teriam sido investidos cerca de R$ 2 milhões sem que a obra tivesse avançado.
“Há sinais, sim. Não vou externar ainda. Existe uma denúncia bastante repercutida sobre uma escola onde aproximadamente R$ 2 milhões teriam sido gastos e nenhuma parede teria sido erguida. Estamos checando e a auditoria foi acionada para verificar”, concluiu.
Redação








