A greve dos caminhoneiros entra hoje no quinto dia em João Pessoa com o apoio dos taxistas e motoristas de Uber sem previsão de acabar.
Um dado que vem chamando a atenção é o de que o comunicado ontem (24) de que o movimento teria chegado a um acordo com o Governo do presidente Michel Temer, causou a corrida dos motoristas aos postos de combustíveis que receberam cotas para abastecer carros oficiais.
Os dirigentes do movimento garantiram nesta sexta-feira que continua a paralisação nacional e que o acordo foi de só levar combustível para os carros oficiais e que, se restar, abastecerá os veículos normais.
Em Campina Grande o aviso ontem, provocou uma corrida aos postos, no Catolé no posto Meninão, próximo ao Parque da Criança, centenas de veículos e motos aguardavam a liberação do combustível, que não foi liberado à população em geral.
“Enquanto a categoria não tiver um resultado positivo, sobre a redução no preço do diesel, vamos continuar com os bloqueios por tempo indeterminado”, disse Daniel Martins de Lima Filho, motorista de caminhão caçamba que é uma das lideranças do movimento na BR-101, no bloqueio feito em frente à Gauchinha, saída para Pernambuco.
Segundo ele, só no trecho da Gauchinha existem cerca de 700 caminhões parados com seus proprietários participando do protesto. Na manhã de ontem, a categoria dos taxistas se uniu ao movimento dos caminhoneiros.
Os taxistas chegavam à BR 101 com alimentos, água e refrigerantes para ajudar os caminhoneiros que já estão paralisados desde segunda-feira passada. Daniel Martins disse que a proposta lançada pelo Governo Federal de reduzir o preço do diesel em 10% por 15 dias não agradou a categoria e que a luta tende a continuar.
“Os caminhoneiros estão unidos nesse movimento e ganhando o apoio dos taxistas e também dos motoristas do Uber. Nós só estamos liberando o trânsito para caminhões que transportam oxigênios para hospitais, ambulâncias e viaturas policiais. Já os caminhões com cargas com alimentos perecíveis estão sendo impedidos de transitar. Ontem paramos um caminhão carregado de abacaxi”, disse Daniel Martins.
PB Agora