Foto: Divulgação
Pela primeira vez em 200 anos de história, o Senado Federal tem uma mulher ocupando a Primeira Secretaria da Mesa Diretora — e essa mulher é nordestina. A senadora paraibana Daniella Ribeiro assumiu o cargo, tradicionalmente reservado a homens, e passou a ser responsável pela gestão administrativa da Casa, coordenando um dos maiores orçamentos do país e cuidando de milhares de servidores. “É como se eu fosse a prefeita do Senado”, definiu.
Em entrevista à TV Senado, Daniella destacou a importância simbólica e prática dessa conquista. Para ela, ocupar esse espaço representa um avanço significativo para a representatividade feminina na política, especialmente para mulheres do Nordeste. “Historicamente, esse lugar não era ocupado por mulheres. É um desafio, mas também um sinal de mudança que precisa ser ampliado”, afirmou.
A senadora reforça que a participação feminina na política ainda é muito limitada e que é necessário investir em educação e formação política para mudar esse cenário. Ela reconhece as conquistas recentes — como o aumento das vagas para mulheres e o financiamento específico nos partidos —, mas faz questão de lembrar que o caminho ainda é longo. “As mulheres já fazem política no dia a dia, cuidando da família e da comunidade. Falta transformar isso em ocupação de espaços de decisão”, argumenta.
Com uma trajetória que começou na Câmara Municipal de Campina Grande, Daniella Ribeiro se orgulha de ter usado cada etapa de sua vida pública para estimular outras mulheres a participarem da política. E agora, no Senado, ela segue nesse propósito, colocando como prioridade o combate à violência contra a mulher.
Daniella reforça o papel do Observatório da Mulher e do Instituto DataSenado na elaboração de políticas públicas baseadas em dados e evidências. Ela destaca o programa “Antes que Aconteça”, que atua na prevenção da violência doméstica, com ações de conscientização, capacitação de professores para identificar sinais de abuso em crianças, e fomento ao empreendedorismo e uso da tecnologia como ferramentas de proteção e autonomia feminina.
A senadora defende uma atuação integrada com a Defensoria Pública e demais órgãos de proteção, e critica a politização da violência de gênero: “Esse é um problema de toda a sociedade. As mulheres com medida protetiva não estão sendo protegidas. Precisamos criar um sistema eficaz”.
Daniella também relatou sua experiência na Comissão de Orçamento, onde, segundo ela, precisou se impor para garantir recursos destinados às políticas para as mulheres. A senadora defende que o orçamento público deve ter a sensibilidade necessária para atender demandas específicas, como exames de mamografia e redes de apoio às vítimas de violência doméstica.
Para a senadora paraibana, o combate à violência precisa ser feito de forma estruturada, envolvendo educação, saúde e segurança. E mais do que tudo, é preciso que as mulheres conheçam o ciclo da violência para saberem identificar quando precisam de ajuda.
“Não estamos falando só da mulher que sofre, mas de toda uma célula familiar afetada. A mulher que se conscientiza do que está vivendo, busca ajuda. E é esse o nosso papel: garantir que ela encontre acolhimento e proteção”, concluiu.
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