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Crônica do sábado: a vida como um incesto em período de pandemia

O tempo passa e as janelas continuam como grades
Retire os grilhões, pois queremos viver
Buscar o cheiro do fruto proibido e inalar o prazer
Sentir a pele respingar e gritar por um toque amante
Um simples abraço já seria a solução para a ansiedade.

Busquemos num beijo o gosto da alma a salivar
Venha e faça sala para uma solidão escura e eficaz
Sopre a vela e a luz entrará na sua boca santificada
Ingira a energia dos descontentes e vomite seus absurdos.
Não esconda sua imagem em espelhos quebrados

Busque o tempo desconexo dos metódicos
Viva estoicamente a fúria dos amantes insanos
Suba os Alpes numa arca lotada por sentimentos variados.
Assim seremos felizes no mar bravio das relações
Venha e ponha o mais puro incenso no incesto das ilusões
Sonhe e não busque a realidade antes de tentar
Retire as grades e saia para a vida sem o pudor dos infelizes.

Tempos difíceis sim, mas não é o fim
Sabemos disso, eles também
Um vírus humano jamais dominará por completo um país

Eliabe Castor
PB Agora

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