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Crônica de domingo: “O lado obscuro dos nossos medos”

Eu ando com o mundo. Carrego todos os dias ele nas costas, como o pobre Atlas, castigado por Zeus. Eu vejo todos os dias mendigos, e a mendicância é algo similar à lepra na Idade Média. Daí a necessidade de perguntar: sou um mendigo? Um ser que busca ideias? Pede raciocínio e exala hipocrisia?

Eu ando pelo mundo. Percorro caminhos trilhados por Teseu em um labirinto louco, tosco e fantástico criado pelo Minotauro. Eu observo a intolerância humana e tento esquecer que um dia existiu o Tribunal do Santo Ofício e Holocausto. Apenas tento, pois é impossível “deletar” essas e outras atrocidades do ser humano contra a sua imagem, o seu espelho. Então pergunto: sou parte desse imenso ”purgatório”? Até que ponto a maldade reside no meu ser?

Eu ando para o mundo. E busco, a cada dia, entender o que nada sei. A impermanência da vida enquanto rito de passagem para outras dimensões. Observo atentamente o Oráculo de Delfos, numa ilusão romântica buscando combater meus moinhos de ventos e desvendar o curso da história. Então vem, de imediato, a indagação: quem, de fato, sou eu, e quem é você?

Eliabe Castor
PB Agora

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