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Crônica de domingo: “A raiva e o adoecer da alma”

Foto: Gabriel Matula on Unsplash

Raiva. Raiva é aquela doença infecciosa que afeta nossa alma. E se não cuidada, permanece esse ser maldito em nosso próprio ser. A raiva ataca o bom senso. Chamusca amizades. Golpeia o estômago de quem está próximo, como um pugilista enfurecido que atinge seu oponente de forma desleal.

Espírito e corpo entram em colapso raivoso. Tudo, tudo desfalece ou morre nas mãos trêmulas da raiva. Raiva gera momentos de pura ira. Ira irracional que desestabiliza o relógio ponderado dos sensatos e cautelosos.

Eita raiva! E quem nunca sentiu o sabor amaldiçoado da raiva que atire a primeira pedra. Mas só uma, para que a dita não se torne homicida do tempo e daqueles que estimamos.

Raiva é assim. Igual a cachorro vira-lata. Em toda esquina há um. Mas é bom que se diga: cachorro, seja ele quente ou frio, é ser vivo. Não se pode mastigá-lo, pois o risco de ser mordido pelo cão do dia é incontestável.

E nesse caso, aquele melhor amigo é transformado em raivoso estorvo, surgindo aí a soma da raiva humana e canina. Raiva em excesso. Loucura hidrofóbica. E uma vez estando a raiva nesse grau, cura não há, pois ela vem a público em formato de vingança.

Por isso, lutar contra nossos próprios demônios é tarefa diária para que a raiva não corte a lógica e danifique a morada do saber. Do equilíbrio espiritual e das boas relações.

Raiva é irmã siamesa do ódio e mãe do ressentimento. Então buscar maior distância dessa família é recomendável. E para as raivas corriqueiras, aquelas pequenas, a melhor vacina é o dialogar, o sorrir, e muitas vezes reconhecer o erro. O erro humano e natural de ter raiva.

Eliabe Castor
PB Agora

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