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Crise hídrica aumenta em CG e açude chega a 13,8 de água acumulada

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 Com a seca prolongada, a cada dia aumenta o drama do açude Epitácio Pessoa em Campina Grande. O reservatório responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 19 município do Compartimento da Borborema, já atingiu a pior média de sua história, e está cada vez mais próximo de chegar ao temível “volume morto” quando a água fica imprópria para o consumo segundo os especialistas.

 

O açude chegou nesta terça-feira aos 13,8% de água acumulada. Projetado para receber mais de 400 milhões de metros cúbicos de água, Boqueirão está apenas com 56.736.420 mm de água acumulada. Se não chover nas cabeceiras dos rios Taperoá e Paraíba, a perspectiva é que o açude atinja o volume morto nos primeiros dias de dezembro. Com a queda no volume de água armazenada no reservatório, o risco de colapso aumenta, o que tem deixado a população campinense apreensiva. Antes disso , a pior marca registrada havia sido no dia 28 de dezembro de 1999, com 14,9% do total.

 

Boqueirão abastece mais de 1 milhão de paraibanos, se for levado em conta a quantidade de cidades abastecidas através de carros pipas.

 

Segundo os especialistas, o reservatório chegará ao volume morto quando estiver com menos de 10% de água acumulada. Como o reservatório continua perdendo um centímetros de água por dia, é provável que já no começo de dezembro, ele tenha atingido essa marca histórica e temível.

 

Ontem a TV Paraíba exibiu imagens impressionantes de desperdício de água no reservatório da Cagepa no bairro de Santa Rosa em Campina Grande.

 

Para o especialista em recursos hídricos Isnaldo Cândido, o problema é agravado por falta de planejamento. “Dentro do quadro que se apresentava com os regimes de chuvas, que foram poucos, isso era esperado. São coisas que para a gente preocupa, por falta de todo um planejamento, diante de uma demanda que cresce a cada dia”, explicou.

 

Construído pelo o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS) há mais de 50 anos, o reservatório é gerido pela Agência Nacional das Águas (ANA) e (Dnocs) no âmbito do governo federal, e pela Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) e Cagepa, no governo estadual.

O reflexo da seca pode ser vista no açude que continua perdendo um centímetro de água todos os dias devido o consumo e a evaporação. Alguns locais antes cobertos por água, se transformaram em ilhas. A vegetação seca, o solo duro, também revelam os efeitos da longa estiagem.

 

Severino Lopes

PBAgora

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