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Como parte da esquerda se tornou tão violenta?

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A morte de Charlie Kirk lembrou ao Ocidente o quanto parte da esquerda pode ser extremamente violenta. A atitude de vários influenciadores progressistas, de parte da grande mídia e de dezenas de jovens universitários celebrando a violência política lembrou ao mundo que o discurso de “diálogo” e “democracia” pode ser mera retórica vazia.

Boa parte da esquerda ocidental não era assim até os idos dos anos 1960. Naquela época, a esquerda adotava um discurso universal de oposição a políticas raciais segregacionistas e defendia pautas econômicas voltadas aos mais pobres por meio de uma ação mais interventora do Estado.

Contudo, pensadores da nova esquerda, como Sartre, Foucault e Marcuse, passaram a justificar a violência como meio legítimo de resistência aos opressores. A disputa deixou de ser contra a entidade “capital” e se voltou contra identidades: negros contra brancos, homo contra heteros, mulheres contra homens, etc.

Existem vários livros que demonstram como alguns pensadores da nova esquerda começaram a justificar a violência política como forma legítima de resistência: “Politicídio” de Luuk Van Middelaar, “Passado Imperfeito” de Tony Judt, “A Mente Imprudente” de Mark Lilla.

Ressaltemos o óbvio: a maioria das pessoas de esquerda não é a favor de violência política e existe violência também na história política da direita. Ainda assim, é também verdade que, nos últimos tempos, tem-se multiplicado atentados contra pessoas e ativistas de direita.

Os sintomas estão por toda parte: antissemitismo público, desumanização da “extrema direita”, discursos inflamados contra os “fascistas”, etc. As elites progressistas, setores das humanas das universidades, parte da grande mídia e vários influenciadores de esquerda relativizam ou comemoram a violência política contra a direita.

Isso não é uma mera corrupção do pensamento. Trata-se de uma falência espiritual e moral. Os mesmos que falam de diálogo, democracia, respeito, diversidade, pluralidade, direitos humanos, garantismo, são capazes de justificar violência bruta contra oponentes tidos como inimigos. Essa hipocrisia retroalimenta o ódio na direita.

A polarização agressiva em que vivemos é um mal para nossa era. Um mal tão grave que ninguém consegue propor um horizonte de solução. Não sabemos a solução, mas conhecemos o diagnóstico: o estreitamento da sociedade devido ao ódio é uma doença moral e espiritual.

Anderson Paz

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