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Como a Covid-19 impactou na Nasdaq

Um os principais índices econômicos do mundo, o Nasdaq Composite sofreu queda logo no início da pandemia, mas conseguiu se recuperar depois do pacote de medidas econômicas apresentado pelo governo Trump

 

O avanço da pandemia da covid-19, síndrome respiratória grave provocada por uma nova cepa do coronavírus atingiu em cheio a economia global.

Os índices econômicos que regulam as bolsas de valores ao redor do globo foram diretamente impactados pelo avanço da doença. Um dos índices mais importante do mercado norte-americano, o Nasdaq Composite esteve bem perto do bear market logo no começo da crise.

O bear market é confirmado quando um índice fecha 20% ou mais abaixo da média mais recente de fechamento.

No começo de março, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como uma pandemia, o Nasdaq fechou aproximadamente 19% abaixo da média de fevereiro.

No mesmo período, o Dow Jones, outro índice importante da economia americana, confirmou o bear market pela primeira vez desde a crise financeira de 2008.

Desde então, Wall Street enfrenta sérios problemas por conta da volatilidade que deixa os investidores agitados.

Para fugir do risco de grandes prejuízos, a primeira reação é vender ações de empresas mais impactadas pela globalização do vírus, como as companhias aéreas, inundando o mercado de papeis, que são negociados a preços mais baixos.

Uma das razões para o alvoroço foi a demora do governo dos EUA em admitir a gravidade da doença no país, que se tornou o novo epicentro mundial da pandemia, e divulgar um pacote de medidas financeiras para acalmar os ânimos.

Outro fator a ser considerado é que, como a velocidade de propagação do vírus é grande, a recomendação da OMS é o distanciamento social.

Ou seja, a ideia é que as pessoas optem por fazer suas transações bancárias e compras por meio de transferências internacionais de casa e só saiam para atividades essenciais como fazer compras de supermercado, medicamentos e afins.

Com isso, o consumo e, consequentemente, a circulação do dinheiro fica reduzido, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB) de todos os países. 

Recuperação

Ainda que a recessão seja dada como certa nos EUA, o governo acabou divulgando uma série de medidas para realizar um resgate financeiro e minimizar o impacto da pandemia na economia.

Após o anúncio, os índices econômicos que norteiam o desempenho das bolsas de valores voltaram a subir e seguem em alta. O Nasdaq, índice ponderado para empresas de tecnologia, foi o que obteve maior ganho, 2,3%.

Os EUA já passaram a marca de 45 mil mortes provocadas pela covid-19 e somam mais de 826 mil casos confirmados. No mundo, são quase 180 mil mortes e mais de 2,5 milhões de infectados pelo novo coronavírus.

Apesar destes números expressivos, Donald Trump anunciou há pouco a criação de um Conselho de Reabertura dos EUA, indicando que a retomada pode ser feita antes do previsto.

Com este anúncio, todos os índices econômicos reagiram com otimismo. O Nasdaq subiu 3,95% a 8.515,74 pontos. A tendência é que ativos como as ações sigam um movimento de recuperação importante.

Pacote econômico

Para tentar mitigar os efeitos da pandemia na economia norte-americana, o Senado e a Câmara dos Representantes aprovaram o pacote econômico trilionário proposto pelo governo Trump.

A medida beneficia famílias, pequenas empresas e grandes empregadores, além do sistema de saúde e dos governos locais. Veja o que prevê o texto.

  • Para as famílias – cada família de baixa renda receberá um aporte de US$ 1.200 mais um adicional de US$ 500 por filho, desde que atinja o teto de US$ 3 mil.
  • Para os desempregados – extensão do seguro-desemprego em 13 semanas e valor semanal do benefício elevado para US$ 600 por quatro meses.
  • Para os governos locais – aportes de US$ 150 bilhões para ações de combate à pandemia.
  • Para pequenas empresas – serão injetados US$ 350 bilhões na forma de empréstimos. As linhas de crédito terão condições favoráveis para garantir a manutenção de postos de trabalho.
  • Para a indústria – US$ 500 bilhões para um fundo de ajuda às indústrias afetadas.
  • Para o sistema de saúde – serão destinados US$ 100 bilhões para hospitais e sistema de saúde mais dinheiro adicional para outros gastos relacionados ao setor.

Foram injetados na economia US$ 2 trilhões. A expectativa é de que esses estímulos gerem US$ 4 trilhões de dólares em atividades econômicas. Isso animou os investidores, puxando a alta dos principais índices econômicos.

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