Apesar de tentar driblar os questionamentos sobre a VII fase da Operação Calvário, que culminou com o pedido de prisão preventiva do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), o prefeito de João Pessoa acabou cutucando o envolvimento do ex-governador no escândalo e disparou: “Eu sempre disse que esse era mais um caso vinculado a polícia do que a política”, disse, praticamente descartando a tese de que a eventual detenção do ex-gestor seja tratado como ‘prisão política’
“A gente tem que deixar que esses desdobramentos aconteçam, da melhor maneira possível e o meu papel como gestor é continuar trabalhando cada vez mais pela cidade. Tenho acompanhado passo a passo esse processo todo, disse lá atrás que esse era mais um caso vinculado a polícia do que a política, mas o meu papel é continuar trabalhando pela cidade”, disse.
Indagado se não iria se manifestar sobre o fato de um ex-governador virar alvo de mandado de prisão, Cartaxo apenas disse que não iria ficar tripudiando da desgraça alheia, mas alertou que esse era, sobretudo, um momento da reflexão da população para as eleições de 2020.
“Eu não trago esse tipo de assunto para o dia dia da gestão, eu não trago isso para o foco central da nossa responsabilidade enquanto gestor. Nós temos acompanhado a justiça cumprir seu papel. Eu não fico tripudiando da desgraça de ninguém. Eu nunca fiz política desejando o mal a ninguém. Sempre tive adversário, sempre tive aliados, mas não os transformo em inimigo pessoal. A vida pública é muito dinâmica, então a gente tem que procurar seguir uma trajetória política com diálogo e entendimento, sabendo qual é a nossa prioridade e acompanhando os fatos que estão surgindo no Estado”, arrematou. As declarações repercutiram no programa Correio Debate, na tarde desta quinta-feira (18).
PB Agora
