O casal Carlos José Santos e Edileusa Oliveira dos Santos, acusado de participar diretamente do crime que ficou conhecido como a ‘Chacina do Rangel’ foi ouvido nesta sexta-feira (20) pelo juiz do 1º Tribunal do Júri da Capital, Marcos Willam.
Durante a oitiva, que começou por volta das 08hs e durou praticamente o dia inteiro, também foram ouvidas pelo menos sete testemunhas de acusação que apontaram o casal como responsável pela chacina.
Durante o depoimento Carlos José, que após o crime ficou conhecido como ‘mata sete’, mais uma vez tentou inocentar a esposa Edileuza Oliveira dos Santos. Mas se apresentou como culpado e autor apenas da morte do gesseiro Moisés Soares Santos. Por sua vez, Edileuza, voltou a negar que tenha tido qualquer participação no crime.
Um forte esquema de segurança foi preparado para garantir a ordem durante o depoimento do casal e das testemunhas. Porém, um episódio provocado por um dos parentes da família assassinada fez com que a sessão fosse interrompida.
Antônio Lima, ao se deparar com um dos acusados, não se conteve e passou a xingar e emitir pedidos de justiça. O rapaz teve que ser retirado à força do recinto e só teve a sua entrada autorizada outra vez na hora do seu depoimento.
Vizinhos das vítimas também foram ouvidos durante o dia de hoje, além dos policiais que primeiro entraram na casa onde a família foi assassinada, e uma das crianças sobreviventes da chacina que permaneceu o tempo inteiro sendo monitorada por uma assistente social. Duas testemunhas de defesa do casal também foram ouvidas.
Segundo o magistrado, faltam ser remetidos pela Polícia Científica o laudo de ferimento ou ofensa realizado no garoto Rian, de apenas seis anos de idade, que resistiu aos golpes de facão sofridos na noite do crime, e a perícia realizada no facão utilizado para assassinar as vítimas da chacina.
O juiz disse, ainda, que deu o prazo de oito dias para que estes documentos sejam entregues, visto que, “esta fase tem que ser célere”. Suprida a questão, serão colhidas as alegações finais das partes. De acordo com os depoimentos prestados no interrogatório, Carlos assumiu a autoria pelas cinco mortes, enquanto Edileuza negou a participação no episódio.
Os acusados da autoria da chacina respondem por homicídio triplamente qualificado, além de tentativa de homicídio, visto que houve dois sobreviventes. Os crimes estão previstos nos artigos 121, § (parágrafo) 2º, incisos II, III e IV e 14, II do Código Penal.
Relembre o caso
As vítimas foram mortas a golpes de facão quando estavam dormindo. A ação foi praticada por Edileuza de Oliveira dos Santos, de 26 anos, em parceria com seu marido, Carlos José Soares de Lima, 28 anos. Eles mataram de forma bárbara o casal Moises Soares Forte, Divanise Lima dos Santos (grávida de Gêmeos), além dos filhos menores Chynthia Rayssa dos Santos Soares, Ray dos Santos, Cyntia Raque.
Houve ainda a tentativa de matar os menores Rian Soares, 6 anos, e Priciano Soares, 11 anos. As crianças só não morreram porque no momento da chacina eles se esconderam em baixo da cama. Ao todo, segundo a perícia, foram desferidos contra as vítimas 120 golpes de falcão. O crime foi motivado por desavenças entre assassinos e assassinados.
TJPB
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