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Bispo de Campina Grande crítica falta de diálogo com entidade

A suspensão de celebrações religiosas tem sido um dos temas mais delicados e discutidos desde o início da pandemia na Paraíba. No domingo (14), o bispo de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, fez duras críticas à forma como o Governo do Estado tem conduzido a questão.

Durante homilia na Missa das 9h celebrada na Catedral de Nossa Senhora da Conceição de portas fechadas, e transmitidas pelo canal You Tube,  Dom Dulcênio criticou a postura do governador João Azevedo (Cidadania) e a forma como a decisão judicial foi tomada, pegando todos de surpresa às vésperas das Missas dominicais. Dom Dulcênio fez questão de enfatizar que respeita os decretos, defende as medidas para conter o avanço do vírus, mas ficou chateado com a forma como a Diocese foi obrigada a fechar as igrejas.

Ele disse que respeitava o decreto estadual, editado na última semana, que proibiu pelo período de 15 dias a celebrações presenciais de missas e cultos, mas lamentou a forma como as decisões foram tomadas sem haver diálogo.

Conforme Dom Dulcênio, o chefe do Executivo estadual deveria ter mantido, preliminarmente, um contato com as autoridades religiosas, antes de anunciar a decisão de fechar as igrejas durante o período de vigência do Decreto com as medidas restritivas ao Covid-19.

Dom Dulcênio disse que o governador João Azevedo não teve a preocupação de dialogar o assunto com as lideranças das igrejas católicas e evangélicas.

– Sequer fui comunicado, quanto mais chamado para uma reunião, para ele me explicar o que estava acontecendo – lamentou Dom Dulcênio.

Dom Dulcênio lembrou que durante a campanha para governador, teve a honra de receber na Cúria Diocesana, o governador para apresentar as suas proposta. Agora, com a pandemia, o bispo disse que sentiu falta do governador procurar a Igreja nesse momento para debater o decreto que fechou as igrejas.

Dom Dulcênio enfatizou que não estava questionando o decreto, mas a forma como as medidas foram tomadas, sem que ele fosse sequer comunicado. No caso de Campina Grande, o fechamento das igrejas, foi determinado por meio de uma decisão judicial no último sábado. Ele enfatizou que imediatamente determinou a todos os padres das paróquias campinenses  que suspendessem as Missas para cumprirem a decisão judicial. Também pediu aos padres das demais cidades pertencentes à Diocese, que obedecessem os decretos municipais.

“Pedi aos meus padres que sejam obedientes nas suas respectivas cidades e paróquias, onde os senhores prefeitos acharem melhor fecharem as igrejas. Eu não estou aqui fazendo nenhuma crítica ao fechamento de igrejas. A minha questão não é essa. A questão é a atenção, o diálogo e o respeito.

Ele lamentou que a decisão de Campina Grande tenha sido tomada no final da tarde do sábado, às vésperas do início das Missas dos finais de semana, e com vários casamentos e batizados marcados. (SL)

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