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Bancos comunitários de sementes é tema de palestra do Sebrae

Garantir o acesso a sementes de qualidade assegurando também a quantidade necessária na hora do plantio. Esse é o objetivo do Banco de Sementes Comunitário, tecnologia social adotada em algumas localidades do País e que tem a Paraíba como o estado pioneiro. Lá a experiência começou em 1993.

“Antes do banco, muitos agricultores que perdiam a plantação por falta de chuva não tinham sementes para fazer o replante”, conta José Rego Neto, membro da comissão de sementes da Articulação do Semi-árido Paraibano (ASA). Segundo ele, alguns agricultores da região já relatam que a iniciativa tem contribuído com o aumento da produtividade e também de renda.

O banco é uma verdadeira fonte de reserva de sementes. Cada família associada toma emprestada certa quantidade de sementes e se compromete a devolver, no momento da colheita, essa mesma quantidade. “Eles também entregam um pouquinho a mais de sementes para manter o estoque e ajudar a ampliá-lo e fortalecê-lo”, explica.

“Essa dinâmica do banco estimula o processo organizativo da comunidade, pois é um espaço de gestão participativa onde a sociedade cria as regras e é responsável pelos estoques”, destaca José. Na Paraíba, em média sete mil famílias são atendidas diretamente pelos 230 bancos de sementes presentes em cerca de 70 municípios do Estado.

A iniciativa também é importante para a recuperação das sementes nativas que são ameaçadas por conta dos melhoramentos e transgenias. José explica que as sementes de milho, feijão e fava são as principais variedades da Paraíba e que foram recuperadas graças à atividade do banco. Elas também são chamadas pelos agricultores de sementes da paixão por estarem ligadas às sementes dos antepassados e serem adaptadas ao clima e solo do semi-árido.

Desde a criação do banco até hoje, José destaca que também houve grandes avanços no catálogo de sementes e ocorreu ainda o fortalecimento da dinâmica dos bancos. Além das sementes agrícolas, o banco conta também com estoque de sementes forrageiras para a ração animal e estoca também grãos, que são sementes não-selecionadas, mas que podem servir em momentos de necessidade.

O assunto será tema de palestra durante evento interno do Sebrae: o Seminário Inovação no Agronegócio, que será realizado em Brasília de 18 a 20 de março.
 

Assessoria

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