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Apresentador é acusado de matar animal para forjar denúncia

 Apresentador de natureza mais conhecido do Brasil, o biólogo Richard Rasmussen está sendo acusado de pagar pescadores para matar um boto rosa e, dessa forma, obter imagens fortes e chocantes que ilustraram uma reportagem do Fantástico e influenciaram o governo brasileiro a fazer uma moratória ambiental, afetando o ganha-pão de centenas de pessoas.

A acusação é do documentário norte-americano A River Below (Um Rio Abaixo, em tradução livre), do diretor Mark Grieco, exibido no fim de abril no conceituado Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York.

Inicialmente um projeto que mostraria o trabalho do biólogo marinho Fernando Trujillo na Colômbia, Grieco trouxe sua narrativa para o Brasil ao ver as imagens do Fantástico. Queria ter cenas fortes em seu filme, como as dos golfinhos mortos no Japão mostradas no documentário The Cove (2009), de Louie Psihoyos.

As cenas fortes supostamente forjadas por Rasmussen foram exibidas pelo Fantástico em julho de 2014, em uma reportagem de Sônia Bridi que mostrou como pescadores caçavam o boto rosa e usavam sua carne de isca para pescar piratinga, um peixe carniceiro valioso na região.

Nas imagens que o biológo de 47 anos fez para o dominical, uma fêmea grávida de boto é caçada e, ao ser cortada em pedaços, é possível ver um feto formado, que também é usado como isca.

Rasmussen não foi identificado como autor dos vídeos. O Fantástico informou que eles tinham sido cedidos pela Ampa (Associação Amigos do Peixe-Boi, da qual o apresentador é associado). O jornalístico também não revelou que os pescadores teriam sido pagos para caçar o boto, matá-lo e usá-lo como isca.

Pressionado pelas imagens fortes mostradas pela Globo, o governo federal decretou uma moratória que proíbe a pesca de piracatinga durante cinco anos, a fim de proteger o boto rosa, mamífero em extinção usado como isca.

Em entrevista ao Notícias da TV, Rasmussen confirma ter participado da gravação, mas nega que pagou aos pescadores para que matassem o boto. “Eu nunca pagaria ou mesmo participaria do sacrifício de qualquer animal. A matança dos botos é monitorada há anos por ambientalistas e já estava sendo investigada pelo Ministério Público. Minha intenção foi alertar o grande público que a matança de botos é uma realidade dura e cruel”, conta ele.

 

 

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Notícias da TV.UOL

 

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