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Após quatro anos do acidente, Shaolin ainda não consegue se olhar no espelho

 Quatro anos já se passaram, e os paraibanos, particularmente, os campinenses aguardam com muita expectativa e esperança e pleno restabelecimento do comediante Francisco Josenilton Veloso, o Shaolin. Desde o fatídico 18 de janeiro de 2011 que o humorista luta pela vida e com garra e força de vontade, aos poucos vai recuperando os movimentos, e dando mostras de que em breve estará irradiando alegria.

 

Quatro anos após ocorrido, o R7 voltou a Campina Grande conversou com a mulher do comediante, Laudiceia Veloso, para saber como anda o estado de saúde deste homem que já arrancou risadas de um público fiel e que busca incessantemente informações sobre ele.

 

A equipe da Rede Record Laudiceia revelou que o humorista vem mostrando uma discreta melhora, considerada bastante significativa em relação ao estado de saúde do humorista.

Segundo ela, Shaolin está bem, as evoluções são pequenas, no entanto, sempre crescentes. Nunca houve regressão de absolutamente nada.

Ela contou que Shaolin só se comunica por expressões, e pelo olhar dele. Essa comunicação no entanto, agora está mais rápida. Vez por outra ele consegue um movimento de braço, um movimento de pernas. De fevereiro deste ano para cá ele avançou bastante.

 

Para tranqüilizar os fãs, ela garantiu que Shaolin não vive uma vida vegetativa. Muito pelo contrário. Apesar dele ainda não conseguir ficar em pé, pois o estado dele ainda não permite isso, a família o ajuda colocando o humorista em uma cadeira especial que dá acesso a outras partes da casa, inclusive a parte externa, onde tem uma piscina e uma varanda.

 

Ainda sobre o fato de Shaolin saber da tragédia, Laudiceia contou que o humorista entende que a recuperação dele é lenta porque o trauma aconteceu em uma área do cérebro que comanda o corpo e a voz.

Para a mulher do humorista, Shaolin não ficou triste, depressivo, tampouco inconformado com o acidente.

— Eu vejo ele totalmente resiliente, eu vejo ele buscando a melhora, todos os dias. Vejo ele tentando cooperar o máximo que ele pode com a fonoaudiologia, com a fisioterapia, porque isso depende somente dele.

 

A maneira como Shaolin costuma se comunicar com a pessoas é somente por meio de expressões faciais. Laudicéia diz que, quando ele está feliz, ele sorri, se o assunto interessa a ele. Ele é muito participativo. A audição do humorista não foi comprometida, com isso, Shaolin compreende tudo o que falam a sua volta.

 

Um grave acidente de carro ocorrido em 2011, em Campina Grande,Paraíba, quase tirou a vida do humorista Francisco Josenilton Veloso, na época com 39 anos. Ele dirigia seu carro, um modelo Pajero, pela BR-230, quando seu veículo foi atingido na lateral por umcaminhão que manobrava no acostamento da estrada. Shaolin foi levado às pressas para um hospital e lá foi diagnosticado com traumatismo craniano e teve ainda um grave ferimento no braço. O tratamento tem sido longo e exige paciência da família.

 

Em 2012, Shaolin ganhou de presente uma máquina especial para poder se comunicar com os familiares. Trata-se de um computador com uma tela, que capta os movimentos dos olhos do paciente. Ele apresenta um teclado onde a pessoa vai olhando para as letras e vai formando um palavras, frases. No entanto, Shaolin não quis saber da tecnologia.

 

Segundo Laudiceia, a apresentadora da Record Ana Hickmann sugeriu que Shaolin usasse a máquina para poder se comunicar com o público dele, mas diante disso ele travou. Ele não quis mais por não aceitar que seu público veja ele da maneira como ele está hoje. Ele quer que as pessoas vejam ele, obviamente, bem. Alegre, fazendo brincadeiras, conversando com todo mundo. Não através de uma máquina, mas pessoalmente. Isso então entristeceu ele na hora.

 

Neste processo de recuperação, Shaolin não se deixa ser fotografado. Tanto é que quando a equipe de Gugu esteve na casa dele, em fevereiro deste ano, apenas uma pequena parte do perfil foi gravado. Laudicéia revelou também que, desde o acidente, Shaolin nunca mais consegui se olhar num espelho.

— Não tirei nenhum espelho de casa, mas eu respeito os limites dele. É um trabalho muito delicado e lento, porque a gente vai respeitando o emocional dele. Ele está bem. Ele está normal, mesmo a gente dizendo que ele está bem, bonito. Talvez ele não se olhe com medo de achar uma imagem diferente.

PBAgora

Foto: Reprodução, Rede Record

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