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Análise: o conto do Siqueira e o rompimento anunciado por Ricardus II e João I

E então a grande nave mãe “aportou” no Varadouro, sendo quase expulsa pelo capitão-mor de Filipeia, Lucius Cartaxus. Sem entender a língua falada pelo terráqueo, o ser que pilotava aquele objeto de cor alaranjada em formato de girassol, em ato de extrema capacidade tecnológica, apertou um botão de coloração avermelhada no qual se lia “tecla SAP”. Pronto, começou o diálogo a fluir entre o habitante da conhecida Galáxia Siqueira e o alcaide filipense.

Em bom português, Cartaxus informou que nenhum ser poderia ficar ou estacionar no Varadouro. Motivo? Não havia. Só implicância mesmo. Mas o alienígena não se deu por vencido, chamou um “amarelinho”, pegou o bilhete “Zona Azul”, deixando nave e o capitão-mor para trás. Não entendia o siqueirano – aquele que nasce na Galáxia Siqueira – os motivos dos seus “enviados” terem rompido na Terra, pondo em risco o projeto de repovoamento do satélite natural de nome Parahyba do Norte.

A passos largos, o ET foi buscar respostas e evitar possíveis erros de cálculo, já que, na sua última navegação espacial, traçou órbita para Netuno e foi parar em Vênus. E o extraterrestre chegou, enfim, ao seu destino. Chegou, mas percebeu que sua carta régia havia causado sério alvoroço entre seus “súditos”.

E pior: sem prumo eficiente, seu conjunto de operações matemáticas levou a Parahyba do Norte à Terra do Nunca. E realmente pouco ou nunca se viu tamanho problema pelas bandas de cá. Seus generais imediatos buscaram a separação. Ricardos II foi para o lado direito do Rio Sanhauá. Dom João I para a margem esquerda, formalizando um cisma pouco provável de ser revertido.

O siqueirano, observando o estrago, buscou uma harmonização do satélite natural, invocando poderes de dois deuses: O poderoso “Gira” e benevolente “Sol”. Mas não deu certo. Como a Lua, a Parahyba do Norte foi atingida por imensos asteróides, deixando o solo outrora nivelado com gigantes crateras e difícil aplainamento.

Exausto e encabulado, aquele alienígena que pousou no Varadouro de forma soberba retornou para sua nave alaranjada. Antes, entregou o bilhete já pago da “Zona Azul” ao “amarelinho”, bateu nas costas de Cartaxus, e depois seguiu em direção a sua Galáxia para nunca mais voltar… Pelo menos nos próximos mil anos.

Eliabe Castor
PB Agora

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