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ANÁLISE: o cárcere de R. Santiago e o revanchismo social e político

Era eu estudante, e "chafurdava" as páginas da “A União” no arquivo da biblioteca central da Universidade Federal da Paraíba. Não lembro ao certo o motivo, acho que fazia pesquisa para alguma disciplina, quando me deparei com o seguinte título: “A grita dos maldizentes”.

Tratava-se de um artigo oficial. O redator, de punho forte, defendia o governo liberal de João Pessoa ante os ataques perrepistas.  Lembro que o texto seguia o curso da discórdia e revanchismo existente entre os grupos políticos da época.

E nessa grita, evocando o “túnel do tempo” para chegarmos aos brados atuais, vejo a prisão do empresário Roberto Santiago sendo comemorada por uns, e repudiada por outros, como se fosse uma partida de futebol.

Uma copa do mundo cujas regras, nas quatro linhas do banco dos réus, vai além do crime e castigo tão bem narrados por Dostoiévski. Não entrarei no mérito jurídico que levou o empresário à prisão. Não é esse o propósito.

A intenção é observar o clima político e social tenso e intolerante que invade o país de Norte a Sul. Uma prisão é algo extremo e necessário para manter o equilíbrio e a ordem social quando essa é agredida.

O problema não reside no encarceramento e, sim, no sorrir e tripudiar sobre aquele que praticou o delito. Que eventuais crimes sejam devidamente pagos pelos que devem, mas “brindar” a derrota absoluta de alguém é desnecessário.   

Sejamos mais humanos, HUMANOS!

E que se cumpra a lei!

 

Eliabe Castor
PB Agora

 

 


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