Um dos principais cartões postais de Campina Grande, o Açude Velho, , perdeu 20% do volume total. A informação foi divulgada pela prefeitura na terça-feira (22). Os motivos, de acordo com a administração, seriam a falta de chuvas, evaporação e o assoreamento.
Ainda segundo a prefeitura, foi necessário iniciar um processo de limpeza no reservatório para evitar o assoreamento. Máquinas estão sendo utilizadas para retirar entulhos acumulados no açude ao longo do tempo. A água que abastece o manancial são das chuvas e do canais de esgoto.
Outros problemas identificados pela prefeitura foram o surgimento de pequenas ilhas e a mortandade de peixes. A administração afirma ainda que a decoração natalina que instalada no local está sendo prejudicada.
O Açude Velho foi o primeiro açude construido em Campina Grande. Localizado bem no centro da cidade, o açude é hoje um cartão postal do município e uma de suas áreas de lazer e esportes mais conhecidas. Nas suas margens a população caminha, corre, anda de bicicleta e pratica diferentes outros esportes. Em torno do açude se localizam também um bom número de bares e restaurantes que agitam a noite da cidade. Os monumentos aos tropeiros da borborema e a Jakson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, bem como o Museu de Arte Popular da Paraíba, projeto do arquiteto Oscar Niemayer, circundam as suas águas.
Construído por causa de uma grande seca que se abateu ferozmente sobre o Nordeste entre os anos de 1824 e 1828, o açude só foi inaugurado em 1830. Erguido no leito do antigo “riacho das piabas”, o açude serviu durante anos ao povo de Campina e da região do Compartimento da Borborema que usava de suas águas para diversos fins. Conta-se, por exemplo, que em suas águas banhavam-se homens e mulheres, cada qual em um canto previamente definido do açude para se resguardar os pudores. Conta-se ainda que a população local banhava os animais de estimação (burros, cavalos, nas águas do famoso manancial.
Redação








