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Açude de Boqueirão ultrapassa 61% e atinge maior índice em quatro anos

Chuvas e águas abundantes no Cariri paraibano. As cheias dos rios Paraíba e Taperoá, elevaram o nível de água armazenada no açude Epitácio Pessoa em Boqueirão. O reservatório, responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 18 municípios do Comportamento da Borborema, ultrapassou os 61% de sua capacidade hídrica e atingiu o maior índice em quatro anos.

Segundo os dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), Boqueirão amanheceu nesta sexta-feira (19), com 287.091.870, milhões de metros cúbicos de água armazenada, o que corresponde a 61,54% da total capacidade de armazenamento que é de 466.525.964 m³.

Em pouco mais de três meses, o açude Epitácio Pessoa recebeu um aporte superior a 60 milhões de metros cúbicos de água, sendo 74.199.246 m 3 (3 metros), apenas nos meses de fevereiro e março. Nesse período, o manancial recebeu mais de 10 milhões de metros cúbicos d´água , precisamente 10.250.572 m³ e atingiu de 235 milhões o que correspondeu a 50,38% de sua capacidade. E continuou recebendo mais água e este mês atingiu 282.588.914 m³ até chegar ao volume atual.

Segundo a AESA nos últimos 10 anos, o maior nível atingido pelo açude Boqueirão foi de 70,83% em 31 de maio de 2020. A expectativa é que essa marca seja atingida nos próximos dias. De acordo com a meteorologia, a previsão é de mais chuvas para região durante a segunda quinzena de abril. O reservatório tem recebido água por meio do Rio Paraíba, e da transposição do Rio São Francisco, precisamente do eixo leste.

 

Construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs), Boqueirão foi inaugurado em 1957 e ao longo seis décadas tem convivido com secas e cheias. Sua bacia se estende por ao menos outros sete municípios de Campina Grande, Queimadas, Pocinhos, Caturité, Riacho de Santo Antônio e Barra de São Miguel.

A população do Cariri paraibano vive, atualmente, a expectativa de ver o açude de Boqueirão sangrar novamente. A última vez que isso aconteceu foi em 2011, há 13 anos. Mas agora, há a esperança de que o manancial, atinja mais do que a sua capacidade máxima.

O diretor da Aesa, Porfírio Loureiro ressaltou que para chegar a sangrar, o açude precisa receber cerca de 184 milhões de metros cúbicos Como o Instituto Nacional de Meteorologia (Imnet) tem emitindo alertas de chuvas para diversos municípios paraibanos quase que diariamente, sendo Boqueirão uma das cidades incluídas na previsão, a possibilidade de sangria é grande.

Para se ter uma ideia melhor da situação, entre somente na semana passada houve um aumento de nove centímetros na lâmina do açude. Isso representa mais de dois milhões de metros cúbicos de água.
“Ou seja, há um motivo para o otimismo e a expectativa do povo de Boqueirão e de todas as outras cidades que são abastecidas pelo manancial”, disse.

Boqueirão já registrou, pelo menos, 18 sangrias. A última sangria foi registrada em 2011. Elas foram notificadas nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986, 1989, 1999, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009 e 2011. Na última vez que o açude atingiu a capacidade máxima, uma imensa cachoeira foi formada em torno do paredão do manancial.

Severino Lopes
PB Agora

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