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Acordo ortográfico obrigatório em 2013

Desde 1º de janeiro de 2009 entrou em vigência o novo acordoortográfico da língua portuguesa. Ainda usado de maneira optativa, mas comalgumas alterações na grafia das palavras, a decisão tem sido alvo constante decríticas. O fato é que até o final de 2012 todos ainda podem usar as duasregras, nova e antiga, mas já a partir de 2013 será obrigatório o uso do novoacordo, em definitivo. Será que a população está preparada ou ainda existemmuitas dúvidas com relação às mudanças?

 

Tira hífen, coloca hífen,dobra a consoante. Cai o trema e o acento circunflexo. Segundo o professor de língua portuguesa,do Colégio Motiva, Jerônimo Vieira, a mudança atinge todos os usuários dalíngua. “As regras de acentuação e emprego do hífen são as mudanças mais sérias. Quanto ao trema e ao acréscimo de novas letras, não vejo problemas, umavez que tais mudanças já foram incorporadas à língua há tempos”, citou.

 

Mandar bem na leitura e praticar a escrita é amelhor maneira de deixar as novas regras fresquinhas na cabeça. Jerônimo afirmaque na escola a discussão sobre o acordo e as cobranças já começaram desde oinício da vigência. “A discussão sobre o acordo já foi feita, numprimeiro momento, com os alunos das séries finais do fundamental II e do EnsinoMédio, uma vez que os alunos precisam se adequar à nova escrita. Hoje é adequada arealidade da sala de aula e cobrada constantemente nas provas”, explicou.

 

Algumas alterações são básicas e devem estar na ponta da língua. O alfabeto agora tem 26 letras -incorporou K, W e Y; o trema não é mais usado; o acento em palavras paroxítonas com ditongosabertos (jiboia, colmeia, epopeia) deve ser desconsiderado. O hífen tornou-se otormento de muitos e, para Jerônimo Vieira, merece dedicação para que não secometam inadequações no uso.

 

Polêmica – O Novo Acordo Ortográfico foi elaboradopara uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, ou seja, os quetêm o português como língua oficial. Ele entrou em vigor em janeiro de 2009 eos brasileiros têm até o dia 1º de janeiro de 2013 para se adequar as novasregras. 

 

O professor Jerônimo Vieira não caracteriza tais mudanças comopositivas ou negativas. “Eu penso que há aspectos mais importantes, noponto de vista linguístico e normativo, que mereceria uma revisão, não aescrita já convencionada nos países envolvidos. Se positivo ou negativo o tempodirá, aliás, nos mostrará, ainda é cedo para tecer um comentário dessanatureza”, refletiu.

 

Com a vivênciade sala, o educador afirmar que entre os estudantes as novas regras ainda sãopouco aceitas. “Os mais novos nãoentendem tal mudança e os mais velhos já discutem com mais propriedade ecriticam, alegando não haver justificativa convincente ou perceber benefíciosnessa prática. No geral, eles não concordam com a imposição, uma vez que mexeem algo que antes era ‘cristalizado’”, revelou.

 

NovasRegras

·        O alfabeto agora é formado por 26 letras.Foram acrescentadas as letras k, y, w;

 

·        Não existe mais o trema, apenas em casos denomes próprios e seus derivados;

 

·        Ditongos abertos não são mais acentuados empalavras paroxítonas, mas acentuam-se as oxítonas e monossílabas;

 

·        O hiato “oo” e “ee” não são mais acentuados;

 

·        Não existe mais o acento diferencial, permanecendoapenas no verbo poder e pôr;

 

·        Não se acentua mais ‘i’ e ‘u’ tônicos emparoxítonas quando precedidos de ditongo;

 

·        O hífen não é mais utilizado em palavrasformadas de prefixos, terminados em vogal + palavras iniciadas por ‘r’ ou ‘s’ou terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal;

 

·        Agora utiliza-se hífen quando a palavra éformada por um prefixo, terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal;

 

·        Não usamos mais hífen em compostos que, pelouso, perdeu-se a noção de composição e em locuções de qualquer tipo;

 

 

Assessoria

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