Faltando pouco para o fim de 2025, já deveríamos ver um nome forte da direita emergindo como candidato natural, mas isso ainda não ocorreu. Com apenas um ano até as urnas, o eleitor segue na expectativa de clareza e definição.
Os bolsonaristas mais fiéis não desistem. Acreditam que o jogo pode mudar a qualquer momento e que Jair Messias Bolsonaro, mesmo em prisão domiciliar, ressurgirá para concorrer à Presidência. Essa persistência impressiona, mas já perde força diante da realidade política. Bolsonaro mantém diálogo constante com líderes da direita, articulando nos bastidores e orientando seus aliados sobre o futuro do movimento. Recentemente, Tarcísio de Freitas o visitou. Com cautela, compartilhou pouco com a imprensa e com o eleitorado. Tarcísio tem demonstrado prudência, e isso é necessário: governar um dos estados mais poderosos do país exige equilíbrio. Ele ainda pode concorrer a mais um mandato, e seu êxito na reeleição local é considerado provável.
Do outro lado, Ratinho Júnior (PSD) também governa com competência o Paraná. Seu maior padrinho político é Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e figura de grande influência. O PSD foi o partido que mais elegeu prefeitos nas eleições municipais de 2024, com 891 prefeituras conquistadas em todo o Brasil. Se consideradas as coligações e alianças, essa força política local pode se ampliar ainda mais. Caso conquiste o apoio de Bolsonaro, Ratinho Júnior estará bem posicionado para disputar a Presidência em 2026.
Vale destacar que o pai de Ratinho Júnior, o comunicador Ratinho, tem aparecido com frequência em podcasts de grande audiência, reforçando a presença simbólica da família no debate público. Observe isso nas mídias.
Tanto Tarcísio quanto Ratinho Júnior são nomes sólidos para representar a direita diante do eleitorado. Eduardo Bolsonaro, em minha avaliação, ainda não reúne condições reais para entrar nessa disputa — e parece que nem seu pai concorda com isso.
Se não houver reviravoltas, creio que entre janeiro e fevereiro de 2026 esse quadro estará definido. Haverá espaço para um “outsider”? O tempo dirá.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro








