O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso neste sábado prometendo um "novo tom americano" no mundo, sob o governo do presidente Barack Obama.
Biden falou a outros chefes de Estado em uma conferência sobre segurança em Munique, na Alemanha.
Ele disse que a ameaça nuclear do Irã poderia ser enfrentada com um sistema de defesa antimíssil, caso a relação custo-benefício compense. No dia anterior, o delegado iraniano no encontro, Ali Larijani, disse que o novo governo americano é bem-vindo, mas ressaltou que Barack Obama terá de oferecer mais do que apenas uma mudança de tom e algumas entrevistas.
Biden também disse que para enfrentar o Talebã no Afeganistão será necessária uma combinação de esforços de diversos países, com ênfase especial para o Paquistão.
Em seu discurso, o vice-presidente americano falou sobre diversos assuntos, como as mudanças climáticas e a crise financeira mundial.
"Nós vamos participar. Nós vamos escutar. Nós vamos consultar. Os Estados Unidos precisam do mundo, assim como eu acredito que o mundo precisa dos Estados Unidos", disse.
Biden disse que chegou "a hora de apertar o botão de ‘reset’ (zerar)" nas relações entre Estados Unidos e Rússia. Biden deve encontrar-se com o vice-primeiro-ministro russo Sergei Ivanov.
Na mesma conferência de Munique, Ivanov disse que a Rússia não manterá foguetes em Kaliningrado, caso os Estados Unidos desistam do plano de instalar um escudo antimísseis na Polônia e na República Checa.
Além do encontro com Ivanov, Biden se reunirá com a premiê da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, e com o presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili. No ano passado, o governo americano manifestou apoio à Geórgia no conflito contra a Rússia, na Ossétia do Sul.
O vice-presidente americano já se encontrou com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
Também em Munique, o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop, criticou os países europeus por não atenderem ao pedido americano por mais tropas no Afeganistão.
Uma reportagem da BBC revelou que a Itália pretende aumentar o número de tropas do país no Afeganistão de 800 para 2,8 mil neste ano.
BBC