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Venezuela lança pacote econômico para combater crise

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou neste sábado (21) um pacote de medidas econômicas para combater os efeitos da crise global e da queda dos preços do petróleo.

 

Entre as medidas estão restrições à importação de bens de luxo, o aumento de 9% para 12% do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e um enxugamento de órgãos do Estado que inclui a redução de gastos em publicidade – principalmente nos jornais opositores.

 

"Às vezes vejo páginas e páginas de publicidade (estatal) nos jornais da burguesia", disse. "Estamos alimentando o inimigo."

Chávez anunciou ainda uma elevação de 20% no salário mínimo (de US$ 372) até setembro e uma redução na remuneração de altos funcionários do governo. O salário mínimo, que atualmente é de 799 bolívares (R$ 841), terá um impacto fiscal de 3,407 bilhões de bolívares (R$ 3,584 bilhões), disse Chávez, em cadeia nacional obrigatória de rádio e televisão.

 

O presidente venezuelano disse que estados e municípios (muitos dos quais estão nas mãos da oposição) também devem enxugar suas contas e reduzir salários do alto escalão.

 

Com as novas medidas, a estimativa de gastos do governo prevista no orçamento de 2009 será reduzida em 6,7%. O orçamento, que fazia previsões para a arrecadação com base no barril de petróleo a US$ 60, foi revisto. Agora a previsão para o barril é de US$ 40 – pouco mais que o preço médio dos últimos três meses, de US$ 37.

 

Chávez também anunciou que quase triplicará o endividamento para enfrentar a queda das receitas ligadas ao petróleo. Ele descartou desvalorizar a moeda local e subir o preço da gasolina.

Ele reiterou no sábado que as medidas anunciadas permitirão ao país lidar com o que chamou de "crise capitalista internacional", que afetou a receita com petróleo do país–responsável por cerca de 90% das exportações e por mais da metade dos gastos governamentais.

"A crise capitalista não vai derrubar a revolução bolivariana, a crise do sistema capitalista vai mais fortalecer essa revolução", disse Chávez em cadeia nacional de rádio e televisão.

G1

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