O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se engajem na luta contra o terrorismo na manhã desta quinta-feira (25).
Ele também cobrou que os países aumentem sua contribuição financeira na luta pela defesa comum e se envolvam na discussão sobre a crise migratória.
Na abertura do encontro, o presidente americano pediu um momento de silêncio pelas vítimas do atentado em Manchester, que deixou 22 mortos e 116 feridos, na noite de segunda-feira (22).
Durante a campanha eleitoral no ano passado, Trump qualificou a OTAN como "obsoleta" e, já na Casa Branca, insistiu que os demais membros devem se igualar, de maneira proporcional, ao compromisso financeiro dos EUA com a organização.
Mais cedo, o chefe de estado americano se encontrou com o colega francês, Emmanuel Macron. A visita a Bruxelas faz parte da primeira viagem internacional de Trump, que já passou pela Arábia Saudita, Israel, Cisjordânia e Vaticano.
Vazamentos de informações
Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, Trump afirmou que irá pedir ao departamento de justiça americano para investigar os vazamentos na imprensa de informações sigilosas sobre o atentado de Manchester, que deixou 22 mortos e 116 feridos.
Por causa dos vazamentos, a polícia de Manchester deixou de compartilhar informações com as autoridades dos Estados Unidos.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, deve se queixar com Trump de informações e imagens do local do ataque divulgadas pelo jornal "New York Times". Para as autoridades britânicas, as informações "prejudicam as investigações, a confiança das vítimas, de testemunhas e seus familiares".
Prostesto
Na quarta-feira, pouco depois de o Air Force One do presidente americano ter aterrissado na base militar de Melsbroek, um protesto com cerca de 10 mil manifestantes pacifistas, feministas e anticapitalistas, segundo a France Presse, partiu da estação do Norte e atravessou o centro da capital em um ambiente festivo, sob o sol.
Reunidos sob o lema "Trump not welcome" ("Trump não é bem-vindo"), os manifestantes foram convocados por movimentos de esquerda, ONGs – entre elas a Anistia Internacional – e outras 50 associações.
Os manifestantes abusaram da criatividade para criticar a política do novo inquilino da Casa Branca. "Isso não é um presidente", dizia um cartaz, fazendo um jogo de palavras com a célebre máxima do pintor surrealista belga René Magritte "Ceci n’est pas une pipe".
G1.com.br