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PIB dos EUA no 4º trimestre tem pior desempenho desde 1982

A economia dos Estados Unidos sofreu uma queda acentuada no quarto trimestre do ano passado, com uma contração de 3,8% no PIB (Produto Interno Bruto), ante recuo de 0,5% no terceiro. Trata-se do pior desempenho trimestral desde o primeiro trimestre de 1982 (ano em que o país também passava por uma grave recessão), quando a queda foi de 6,4%.

A economia dos Estados Unidos sofreu uma queda acentuada no quarto trimestre do ano passado, com uma contração de 3,8% no PIB (Produto Interno Bruto), ante recuo de 0,5% no terceiro. Trata-se do pior desempenho trimestral desde o primeiro trimestre de 1982 (ano em que o país também passava por uma grave recessão), quando a queda foi de 6,4%.

Com dois trimestres consecutivos de queda, o país agora se enquadra no critério de recessão mais aceito entre os economistas. O resultado, apesar de negativo, foi menos catastrófico que o previsto, de uma queda de 5,4%.
No ano passado como um todo, o crescimento foi de 1,3%, abaixo dos 2% de 2007 e o menor resultado anual desde 2001 –período em que o país foi atingido por outra recessão.

Em comunicado, o Departamento do Comércio –que compila os dados sobre o PIB (Produto Interno Bruto)– informou que no trimestre passado o país sofreu um recuo acentuado nas exportações (primeiro desde o segundo trimestre de 2003), nos gastos do consumidor (semelhante ao do terceiro trimestre), nos investimentos em estruturas, equipamentos e software e no mercado imobiliário. O documento, no entanto, destaca um declínio nas exportações e um aumento de estoques.

Os preços ao consumidor caíram 5,5% no trimestre passado, após subiram 5% no período imediatamente anterior. Excluídos os preços de alimentos e energia, no entanto, os preços subiram 0,6%, contra 2,4% de alta um trimestre antes.
 

Recessão
No mês passado, o Nber (Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, na sigla em inglês) havia informado que o país já está em recessão desde dezembro de 2007 –o Nber é um dos principais institutos de economia dos EUA e responsável por avaliar quando o país está oficialmente em recessão ou não e quando esta acabou.

O instituto define recessão como um significativo declínio na atividade econômica difundido pela economia como um todo e que costuma durar mais que alguns poucos meses: ela começa quando a economia atinge um pico do ciclo econômico e termina quando atinge o ponto mais baixo. Entre esse ponto e o pico, a economia registra expansão.
 

"O comitê determinou que um pico na economia dos EUA ocorreu em dezembro de 2007. O pico marcou o fim do ciclo de expansão começado em novembro de 2001 e o início da recessão."
 

A economia americana apresenta dia a dia sinais de que a atividade no país vem caindo em ritmo acelerado. A taxa de desemprego no país em dezembro atingiu 7,2%, a maior desde 1993. Vendas no varejo, produção industrial e confiança do consumidor, todos atingiram patamares baixos, em alguns casos, uma baixa recorde.
 

O "Livro Bege", documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do Federal Reserve (Fed, o BC americano), divulgado no último dia 14, mostrou essa deterioração e não aponta perspectivas de melhora para este início de ano. "A atividade econômica continuou a enfraquecer em quase todos os distritos do Fed", diz o documento.
 

Pacotes
Foi com o objetivo de tirar a economia americana do estado de semiparalisia em que se encontra que o governo já preparou ajudas que, somadas, passam de US$ 1 trilhão. Em outubro do ano passado o Congresso aprovou um pacote de US$ 700 bilhões, proposto pelo então secretário do Tesouro, Henry Paulson, para salvar bancos com problemas devido à posse de papéis lastreados em hipotecas "subprime" (de maior risco).
 

Na última quarta-feira (28), a Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) aprovou o pacote proposto pelo presidente americano, Barack Obama, para tentar tirar o país da recessão em que se encontra desde 2007. O pacote aprovado ficou em US$ 819 bilhões, pouco abaixo dos US$ 825 bilhões proposto inicialmente.
 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou a Câmara pela aprovação do pacote e afirmou estar confiante que o Senado adotará a mesma postura. Obama ressaltou que o mais importante é que "esse plano de recuperação vai salvar ou criar mais de três milhões de empregos nos próximos anos".

 

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