O grupo armado que atacou no sábado um centro comercial de Nairóbi, capital do Quênia, ainda mantinha na manhã desta terça-feira (24) reféns vivos, afirmaram em sua conta no Twitter os islamitas somalis da Al-Shebab, que reivindicaram o ataque.
"Os reféns detidos pelos mujahedines no interior do (shopping) Westgate ainda estão vivos, comovidos, mas vivos", escreveram os membros das milícias Al-Shebab, afiliados à rede terrorista da Al-Qaeda, em sua conta no Twitter.
O grupo muda regularmente sua conta no site de microblogagens, uma vez que são frequentemente suspensos, mas informam aos jornalistas e a outros seguidos sobre as mudanças por email ou outros meios.
"Nos comunicamos com nossos Mujahideen no Westgate e eles nos disseram que o conflito acabou de recomeçar", disse um representante do Al-Shabab à Reuters. "Aqueles que descrevem os agressores como norte-americanos ou britânicos são pessoas que não sabem o que está acontecendo no prédio do Westgate."
Há relatos de que tiros foram disparados dentro do complexo nesta terça, apesar de o governo ter dito, na véspera, que a situação estava controlada.
A polícia queniana anunciou no Twitter que estava desativando explosivos colocados pelos islamitas durante o ataque ocorrido no sábado, que deixou 62 mortos e 63 desaparecidos, segundo dados oficiais.
Segundo a agência EFE, um comandante relatou nas primeiras horas da manhã que a operação não está concluída. A agência Reuters noticia que militares mataram seis rebeldes dentro do shopping.
As autoridades quenianas começaram a identificar integrantes do grupo terrorista. De acordo com a ministra das Relações Exteriores Amina Mohamed, em entrevista à TV americana "PSB", "dois ou três jovens americanos e uma mulher britânica figuram entre os terroristas" que atacaram o shopping Westgate.
A britânica – que segundo a ministra teria participado em muitas ocasiões de ações armadas – foi identificada pela polícia como Samantha Lewthwaite, viúva de um dos terroristas suicidas dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres.
Já os americanos seriam "homens jovens, de 18 e 19 anos, de origem somali ou árabe, mas que vivem nos Estados Unidos, em Minnesota e em outro local", acrescentou a ministra em declarações à rede de televisão americana PBS.
G1