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EUA e Israel dizem que negociação é produtiva

O enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, George Mitchell, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disseram ter realizado uma reunião "produtiva" sobre a retomada do processo regional de paz no Oriente Médio.

Em entrevista a jornalistas, eles não mencionaram a possibilidade de Israel interromper a construção de assentamentos, uma exigência feita a Israel pelos Estados Unidos.

Netanyahu rejeitou esta proposta no passado, afirmando que o "crescimento natural" dos assentamentos precisa ser permitido.

Mitchell é uma das autoridades americanas que estão no Oriente Médio em uma ofensiva diplomática para pressionar por um processo de paz na região.

Os palestinos exigem que toda construção de assentamentos israelenses em territórios ocupados precisa ser interrompida para que as negociações prossigam.

‘Progresso’

Depois de um encontro de quase três horas, cujo tema principal eram os assentamentos, Mitchell e Netanyahu falaram rapidamente com os jornalistas.

Mitchell disse que houve "progresso" nas negociações.

"Nós esperamos continuar com as nossas discussões para chegar a um ponto em que possamos ir adiante para chegar a um processo abrangente de paz", disse.

Netanyahu disse que ambas as partes estavam progredindo "em direção a se chegar a um entendimento que vai nos permitir continuar a completar o processo de paz estabelecido entre nós e os vizinhos palestinos e os países da região inteira".

Os Estados Unidos fazem uma ofensiva diplomática na região. Nos próximos dias, o Assessor de Segurança Nacional, James Jones, e o diplomata Dennis Ross também viajam ao Oriente Médio para reuniões com líderes.

Robert Gates

Na segunda-feira, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, também esteve com Netanyahu e com o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, onde se discutiu o processo de paz na região e o programa nuclear iraniano.

Antes da reunião com Netanyahu, e em encontro com o presidente de Israel, Shimon Peres, Mitchell havia dito que Israel pode melhorar o clima das negociações "ao lidar com temas difíceis como os assentamentos".

Todos os assentamentos são ilegais de acordo com leis internacionais, mas Israel não aceita isso. O país assentou mais de 450 mil judeus na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.

O correspondente da BBC em Jerusalém Tim Franks afirma que, apesar de os israelenses não aceitarem interromper a construção de novos assentamentos, há indícios de que Israel possa aceitar suspender a construção de 2 mil apartamentos próximo à Cisjordânia e interromper todas as demais obras.

Os palestinos já declararam que não aceitarão nada que não seja uma interrupção total das construções.

Nesta terça, Robert Gates fez uma visita surpresa ao Iraque. O objetivo do secretário de Defesa americano é estimular a conciliação entre sunitas, xiitas e curdos antes da retirada total das tropas americanas do país, no final de 2011.

BBC

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