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EUA e China concordam em reduzir tensão, mas mantêm versões sobre incidente no mar

Os Estados Unidos e a China concordaram nesta quarta-feira em reduzir as tensões e evitar repetir os incidentes de confronto entre navios dos dois países no mar do Sul da China, afirmou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. A diminuição do atrito entre chineses e americanos vem em um momento em que os altos escalões dos dois países mantêm contatos com o objetivo de retomar o crescimento econômico e controlar o programa nuclear norte-coreano.

No domingo, cinco barcos chineses se aproximaram de um navio da Marinha dos EUA no mar do Sul da China, ao sul da ilha de Hainan, importante base da cada vez mais poderosa Marinha chinesa, no que foi classificado de "manobra hostil" pelo governo americano. O governo chinês afirmou que o navio americano realizava atividades ilegais.

Embora nenhuma das partes tenha abandonado suas versões conflitantes sobre os acontecimentos, Hillary disse que ela e o ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, que episódios semelhantes devem ser evitados no futuro.

"Nós dois concordamos que devemos trabalhar para garantir que incidentes como esse não voltem a acontecer," disse Hillary a jornalistas após a reunião com Yang no Departamento de Estado, sinalizando que os dois países mantinham o desacordo sobre as circunstâncias precisas do que aconteceu.

"Nós dois declaramos nossas posições, mas o ponto importante do acordo originado na minha discussão com o ministro Yang é que temos de trabalhar duro no futuro para evitar tais incidentes e para evitar que esse incidente específico tenha consequências que sejam imprevisíveis", disse ela. De acordo com a secretária, eles também discutiram direitos humanos, a Coreia do Norte e a crise global.

Hillary disse haver "uma gama de opções", inclusive uma ação no Conselho de Segurança da ONU, a serem adotadas contra a Coreia do Norte, caso o país comunista teste mísseis de longo alcance, o que seria considerado um ato de "provocação", afirmou ela.

A secretária de Estado também repetiu a reivindicação dos EUA de que a Coreia do Norte volte à mesa de negociação para discutir um acordo multilateral que resultaria em ajuda energética ao país comunista em troca do desarmamento nuclear.

Hillary, que foi criticada por ter comentado que as preocupações dos EUA com os direitos humanos na China "não podem interferir" no trabalho a respeito da recuperação da economia global, disse nesta quarta-feira que os americanos sempre irão discutir a questão dos direitos humanos com a China, mas que pretendiam fazer isso de um modo que gere resultados.

"Os direitos humanos são parte do nosso diálogo amplo. Eles não ficam no banco da frente, no banco de trás nem no banco do meio", disse ela a jornalistas. "É parte de uma ampla gama de questões que estamos discutindo, mas é importante tentarmos criar uma plataforma para realmente ver resultados do nosso envolvimento nos direitos humanos."

 

Folha Online

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