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Crise é real e não acabou, afirma Obama na 1ª entrevista coletiva como presidente dos EUA

Na primeira entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama fez ontem um apelo para que o Congresso aprove seu plano de estímulo econômico, afirmando que o governo federal "é a única entidade com os recursos para sacudir a economia americana e fazê-la voltar à vida".

Na primeira entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama fez ontem um apelo para que o Congresso aprove seu plano de estímulo econômico, afirmando que o governo federal "é a única entidade com os recursos para sacudir a economia americana e fazê-la voltar à vida".

– Só o governo pode quebrar o círculo vicioso no qual a perda do emprego leva as pessoas a gastarem menos dinheiro, o que leva a ainda mais demissões – afirmou. – E quebrar esse ciclo é exatamente o que o plano que está tramitando no Congresso foi desenhado para fazer.

Logo no início da coletiva, à qual compareceram mais de 100 jornalistas, Obama afirmou que o plano de reativação econômica deve ser colocado em prática “o mais cedo possível”.

O presidente culpou os bancos pela crise, por terem assumido riscos “exorbitantes” com a compra de títulos de qualidade questionável.

– O que nos levou a essa confusão foram os riscos exorbitantes assumidos pelos bancos em títulos duvidosos com o dinheiro de outros – disse.

Pela tarde, Obama havia dito que o debate no Senado sobre o pacote de estímulo à economia foi bom, mas que a hora era de agir para aprovar a medida. Nas palavras de Obama, a paralisia sobre o pacote pode aprofundar o desastre.

– Tivemos um bom debate. Agora é hora de agir. É por isso que estou pedindo ao Congresso que aprove a legislação imediatamente – disse Obama, durante discurso na cidade de Elkhart, no Estado de Indiana, no centro-norte do país. – Os cidadãos de Elkhart e no país como um todo precisam de ajuda agora, e elas não podem se dar ao luxo de continuar a esperar que eles, em Washington, concluam a tarefa.

Obama disse que o pacote não é perfeito.

– Não é. Mas tem o tamanho certo, o alcance certo e tem as prioridades certas para criar empregos que vão dar impulso à nossa economia e transformá-la para o século 21 – disse o presidente. – Sabemos que mesmo com esse plano, a estrada adiante não será fácil. Essa crise veio se formando há muito tempo, e sabemos que mesmo com esse plano não podemos reverter as coisas de um dia para o outro.

Na sexta-feira, o Senado americano chegou a um acordo sobre o pacote, que agora ficou em US$ 780 bilhões, após longas negociações entre democratas e republicanos. O valor do pacote nesse acordo inicial é bem menor que os mais de US$ 900 bilhões em que estava estimado depois das mudanças feitas no Senado sobre a proposta que foi aprovada no último dia 28, na Casa dos Representantes, de US$ 819 bilhões.

Apesar das diferenças nos valores, a passagem do pacote no Senado, segundo analistas, seria vista como uma vitória da administração Obama – na Câmara, o pacote foi aprovado sem um único voto republicano. Tanto o presidente como congressistas vinham afirmando que a medida deveria estar aprovada até o dia 16 deste mês.

Política externa

Quanto à política exterior, Obama declarou esperar por “aberturas” para o diálogo entre Washington e Teerã já nos próximos meses, “quando poderemos começar a sentar em uma mesa e conversar cara a cara”. Na noite de domingo, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, disse que está disposto a negociar “sem condições prévias” sobre política nuclear com os EUA, desde que Washington apresente uma oferta concreta.

 

Jornal do Brasil

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