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China prende 95 monges tibetanos por ataque a delegacia

Cerca de 100 monges tibetanos foram presos neste domingo, 22, depois de uma delegacia ser atacada por centenas de manifestantes na província de Qinghai, área de maioria tibetana no noroeste do país, após o desaparecimento de um militante separatista.

 

Durante o protesto, que reuniu populares e monges tibetanos, das 17h locais de sábado até a manhã deste domingo, funcionários ficaram feridos. Os atos de vandalismo só pararam com reforço policial, que acabou prendendo 95 manifestantes.

 

Autoridades locais não especificaram o prejuízo causado pelo ataque, mas afirmaram que o ataque aconteceu em resposta ao desaparecimento de um homem acusado de "atividades ilegais" e de apoio ao separatismo tibetano. Segundo a "Xinhua", o desaparecido, identificado como Zhaxi Sangwu, fugiu após pedir para ir ao banheiro, depois de ser detido e pulou no rio Amarelo, que cruza a cidade e em cuja margem a polícia achou suas roupas.

 

Nesta semana, uma bomba foi atirada contra uma delegacia de polícia em Bogexi, cidade de maioria tibetana no oeste da China, num ato que as autoridades chinesas atribuíram a "terroristas". A explosão ocorreu no dia que marcou os 50 anos da fuga do dalai-lama para a Índia, depois que tropas do Exército de Libertação Popular reprimiram uma rebelião – iniciada em 10 de março de 1959 – contra a presença chinesa na região. Segundo informações oficiais, a bomba explodiu logo depois da meia-noite e ninguém ficou ferido – ela apenas estilhaçou vidros da delegacia recém-construída e ainda desocupada.

 

Desde o início do mês, Pequim adotou medidas extremas de segurança e deslocou para a região milhares de soldados para evitar protestos contra o domínio chinês no Tibete. Tropas do Exército chinês ocuparam o Tibete e as províncias vizinhas com grande população tibetana, principalmente Qinghai e Sichuan, que no ano passado registraram violentos protestos contra a política de Pequim para a região. Jovens destruíram lojas, escolas e casas e atacaram chineses han, a etnia majoritária da China, com 91,6% da população.

 

As autoridades de Pequim intensificaram ainda a segurança na Província de Xinjiang, no extremo oeste, onde se concentra a população muçulmana da China. Como no Tibete, a região foi palco de protestos contra a presença chinesa em 1959. O governo também impôs neste mês penas severas a dois muçulmanos uigures que criticaram a presença de Pequim em Xinjiang. Segundo uma entidade americana, eles foram condenados à prisão por ter hasteado uma bandeira uigur.

estadao.com.br

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